Musk diz que vai deixar cargo de CEO do Twitter

Depois do resultado da enquete sobre sua permanência no comando do Twitter, Elon Musk anunciou, na terça-feira (20) à noite, que vai renunciar à posição — 57,5% dos participantes da pesquisa votaram por sua saída. A tarefa agora é encontrar um substituto.

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Desde que concluiu a aquisição da empresa, Musk tomou diversas atítudes polêmicas: reduziu a equipe à metade, resolveu cobrar pelo selo de verificação oferecido pela plataforma, liberou a volta de usuários de extrema direita ao serviço e suspendeu contas de jornalistas. “Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o bastante para aceitá-lo!”, diz.

Essa não foi a primeira decisão tomada pelo empresário com base em enquetes no Twitter. O método foi usado para questionar se a volta de Donald Trump deveria ser autorizada e se os perfis de jornalistas suspensos por ele no serviço deveriam ser liberados.

Para Dan Ives, analista da Wedbush, a decisão de Musk deve beneficiar a Tesla, cujo preço das ações caiu um terço desde que Musk adquiriu o Twitter. “Finalmente, um bom passo na direção correta para acabar com esse pesadelo doloroso para os investidores da Tesla”, afirma Ives. Muitos investidores da Tesla o pressionam a volta a se dedicar à fabricante de carros elétricos.

Uma reportagem da CNBC informa que o empresário já procurava alguém para assumir o comando da plataforma. Musk já teria dito para investidores que seria presidente executivo da rede social por tempo limitado. No domingo, ele publicou que “ninguém quer o trabalho que pode manter o Twitter vivo. Não há sucessor”. Ou seja, certamente já conversou com potenciais candidatos.

Especialistas do The Verge avaliam que, entre as opções de Musk para o cargo estão Jason Calacanis e David Sacks, entre outros que estiveram ao lado do empresário nos primeiros dias após a aquisição. Já para a CNN, uma alternativa possível é Jared Kushner, que foi visto com Musk na final da Copa do Mundo no Catar.