Uma tecnologia criada em Israel que transforma texto (de livros ou de outras superfícies, como cardápios) em voz é um dos
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Com apenas 22 g, o acessório é do tamanho de um dedo e pode ser conectado a qualquer armação de óculos. Basta apontar onde quer que ele faça a leitura para que o sensor óptico da câmera de 13 megapixels capture a imagem e a inteligência artificial a converta em áudio. Em seguida, o texto é liberado em um pequeno alto-falante localizado acima do ouvido.
O produto chegou ao Brasil em 2018 com o auxílio da Mais Autonomia , empresa do segmento de
Desde então, as 54 bibliotecas da Coordenação do Sistema de Bibliotecas, além da Biblioteca Mário de Andrade (BMA) e do Centro Cultural São Paulo (CCSP), têm uma unidade do acessório para auxiliar a leitura. Agora, mais 60 exemplares à cidade e a primeira entrega, de cinco itens, foi para a BMA.
Aline Torres, secretária de Cultura de São Paulo, diz que a tecnologia é revolucionária porque permite que quem antes não tinha acesso à leitura possa ler o livro que quiser e usufruir do vasto acervo das bibliotecas da cidade. “Um único par de óculos é capaz de abrir as portas de milhares de mundos diferentes”, afirma.
Um relatório de maio deste ano da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta a falta de acesso a tecnologias assistivas. Segundo o documento, mais de 2,5 bilhões de pessoas no mundo precisam de um ou mais acessórios assistivos, mas quase um bilhão delas não tem acesso, principalmente em países de baixa e média renda.
Sadka aponta que Israel, França e Alemanha têm políticas de subsídio para tecnologia assistiva, mas o Brasil ainda não. “Então, comecei a entrar em contato com governadores, prefeitos e reitores de universidades para explicar como era o dispositivo”, lembra. Como a Mais Autonomia é a única representante do aparelho no país, a lei permite que ele seja comprado sem necessidade de licitação. O custo das 60 unidades foi de R$ 849 mil.