Pesquisadores da
Fiocruz fotografa invasão de célula por vírus da varíola do macaco Fiocruz produz insumo para testes da varíola do macaco em tempo recorde
O estudo ainda aguarda revisão e foi publicado como preprint na revista científica Emerging Infectious Diseases. Até agora, a transmissão da doença por superfícies contaminadas não era encarada como risco à saúde, uma vez que a maioria dos casos documentados da doença envolve contato direto com as erupções cutâneas de um doente ou contato íntimo. Diante do caso atual, entretanto, os autores recomendam novos protocolos de segurança.
Os pesquisadores detalham o atendimento das enfermeiras ao paciente: elas chegaram à casa do indivíduo com equipamentos de proteção (óculos, aventais e máscaras), mas não usaram luvas durante a entrevista com o paciente. O acessório só foi colocado após esterilização das mãos para a coleta de amostras. As profissionais de saúde não tiveram contato com outros casos suspeitos ou confirmados de
Os autores do estudo destaca que, no dia da visita ao paciente, elas não apresentavam lesões cutâneas conhecidas, rupturas na pele ou arranhões. A hipótese é que as profissionais de saúde podem ter se contaminado pelo contato com superfícies infectadas na casa desse paciente, que estava no pico de transmissão viral da doença. Outra possibilidade é o manuseio da prancheta ou da caixa de amostras, que tinham o vírus vivo em suas superfícies.
Gabriel Wallau, pesquisador da Fiocruz Pernambuco e um dos autores do estudo, avalia que o estudo pode ajudar a aprimorar as recomendações de proteção. “Trazer à luz esse evento de transmissão por meio de superfície auxilia tanto profissionais de saúde que lidam diretamente com esses pacientes quanto familiares e outros envolvidos nesse cuidado”, destaca em comunicado.