O transporte de materiais biológicos — o que inclui amostras de vírus, como o da
Fiocruz produz insumo para testes da varíola do macaco em tempo recorde Fiocruz fotografa invasão de célula por vírus da varíola do macaco
Além de ter grande potencial comercial, a iniciativa pode transformar a logística do
A primeira a cogitar a solução foi Izabela Gimenes, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). A pesquisadora precisava coletar córneas de bois que estavam a 200 quilômetros do laboratório. Como a análise das amostras deve ser feita em até quatro horas, a distância tornava isso inviável.
Por sugestão do pesquisador Wagner Martins, coordenador do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS), passou-se a testar drones. Por enquanto, as simulações usaram caixas de transporte vazias. Foi utilizado, entretanto, controle de temperatura, de altitude e de umidade, bem como rastreamento. O drone percorreu 8,2 quilômetros em 16 minutos — um trajeto que levaria 40 minutos para ser percorrido por um carro. Além disso, o custo seria 28% menor.
A próxima etapa da pesquisa vai usar os dispositivos para transportar amostras de vigilância genômica da covid-19 e da tuberculose. Posteriormente, elas serão usadas em análise. Como esse material é bastante sensível, as variáveis da caixa de transporte devem ser controladas. O experimento ainda está em fase de preparação.
No futuro, a técnica pode ser usada para transportar órgãos para transplante ou bolsas de sangue para transfusão, por exemplo. Luis Eduardo Ludgero, fundador da H4ndsLab e da Scilog, diz que a opção pode acelerar o desenvolvimento de soluções para instituições de pesquisa, laboratórios e hospitais, entre outros.