GPS pode ser ameaça à privacidade

Já parou para pensar o quanto os apps que você tem no celular sabem sobre você e podem colocar sua privacidade em risco? Imagine, por exemplo, o sistema de posicionamento global (Global Positioning System – GPS): ele está presente no dia a dia da maioria dos cidadãos e os rastreia constantemente.

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Muitos aplicativos usam a tecnologia para acompanhar os deslocamentos do usuário sem seu consentimento e depois vendem esses dados — as informações podem ser comercializadas repetidamente por provedores e revendida por agregadores. A coleta da localização dá pistas, ainda, de hábitos, interesses, dados demográficos, saúde e situação socioeconômica.

Observe, por exemplo, os anúncios apresentados no Facebook: é comum que correspondam a sua localização e atividade recente online. Já em 2019, a publicidade segmentada por localização movimentou US$ 62,35 bilhões — e a expectativa é de que esse montante continue a crescer.

Há ainda aplicativos que rastreiam a localização mesmo depois de desligados. Há alguns anos, o Google foi processado no Arizona, nos EUA, por esse motivo. Em geral, os usuários desconhecem essas implicações quando concordam com as autorizações solicitadas pelas ferramentas.

Como se proteger

Quando o GPS está ativado, várias empresas rastreiam os movimentos do usuário e usam essas informações para publicidade. Isso porque as políticas de privacidade muitas vezes são vagas: elas informam a necessidade de obter dados de localização, mas não divulgam que podem compartilhá-los e vendê-los.

E é possível se proteger desses riscos? Sim, alguns cuidados podem ajudar a preservar suas informações pessoais. A primeira ação é verificar quais apps e softwares têm permissão para rastrear localização.

Enquanto alguns de fato precisam dessa informação — o Google Maps, por exemplo, é uma ferramenta que realmente usa esse dado para oferecer seu serviço —, outros a coletam como dados excedentes. Então, fique atento às configurações dos aplicativos para não oferecer informações extras.