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Priscilla Mundim dizia que namorado estava a ‘sufocando’ e era ‘muito possessivo’, diz irmã

Priscilla foi morta na madrugada deste sábado (16) em um apartamento no bairro Padre Eustáquio, em BH; Rodrigo Caldas, namorado dela, é o principal suspeito

Priscilla Mundim e Rodrigo Caldas estavam em um relacionamento há cerca de cinco meses

Priscilla Azevedo Mundim relatou à irmã, Fabíola Mundim, que estava se sentindo sufocada e que o policial penal Rodrigo Caldas, de 45 anos, era ‘muito possessivo’. O relato é da própria irmã, durante velório de Priscilla neste domingo (17). Ela foi morta na madrugada de sábado (16), e Caldas é o principal suspeito do crime.

O crime foi cometido em um apartamento no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte. O casal estava junto há aproximadamente cinco meses. Priscilla foi encontrada por policiais já sem vida, já Rodrigo foi socorrido ao Hospital João XXIII após tentar tirar a própria vida com uma facada na barriga.

Priscilla e Rodrigo foram à casa de Fabíola e do marido, Leonardo, na sexta-feira (15), um dia antes do crime. Lá ambos relataram que o policial penal demonstrou muito ciúmes da namorada. Em um certo momento, Fabíola contou que conversou com a irmã sobre a possessividade do policial.

“Na sexta-feira eles estavam lá em casa e eu senti um ciúme extremo da parte dele. E ela virou para mim e falou assim: ‘Fa, vem aqui comigo’. Fui no quarto da minha filha com ela e ela falou: ‘Eu não tô aguentando. Ele tá me sufocando, ele tá muito possessivo’. Eu falei: ‘Sai fora, você não precisa disso’.”, relatou.

Leonardo Alves de Sousa, cunhado de Priscilla, também relatou à imprensa sobre essa mesma conversa e afirmou que eles recomendaram que Priscilla dormisse na casa da mãe. Ela, porém, foi para a casa do namorado.

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No dia seguinte, Fabíola começou a ligar para Priscilla já pela manhã, mas a irmã não atendeu. Ela e Leonardo, então, decidiram ir até o prédio onde o casal morava. Rodrigo não atendia a porta, mesmo estando dentro do apartamento, e atendeu a uma ligação de Leonardo, dizendo que havia ‘feito m****' e que era para ‘chamar o 190'.

Velório

O corpo de Priscilla começou a ser velado às 11h deste domingo (17) e seguirá até as 15h, no Cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, região Oeste de Belo Horizonte.

Familiares revelaram à Itatiaia que o laudo apontou que Priscilla foi morta por asfixia mecânica por constrição e traumatismo craniano contuso, ou seja, ele a enforcava e batia a cabeça dela ao mesmo tempo.

Afastado, de férias ou trabalhando normalmente?

A Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou, em nota, que o policial penal Rodrigo Caldas, de 45 anos, estava afastado da corporação por motivos psiquiátricos desde 2024. Porém, não era isso que ele dizia para a família de Priscilla.

Segundo Leonardo, cunhado de Priscilla, Rodrigo dizia que estava trabalhando normalmente e que estaria envolvido, inclusive, no caso do gari morto em Belo Horizonte, que teve grande repercussão.

Fontes da polícia penal também disseram à Itatiaia que Rodrigo Caldas trabalhava normalmente nos dias que antecederam o crime, contrariando a versão da Sejusp.

Além disso, Rodrigo dava outra versão para os familiares de Priscilla: que estava de férias-prêmio, um benefício dado a servidores públicos.

A Itatiaia entrou novamente em contato com a Sejusp sobre as versões e aguarda retorno.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.