Ouvindo...

Laudo aponta causa da morte de mulher assassinada em BH; suspeito segue internado

Principal suspeito é o namorado, o policial penal Rodrigo Caldas

Leonardo Alves de Sousa, cunhado de Priscilla, revelou fatos anteriores ao crime

Um laudo apontou qual a causa da morte de Priscilla Azevedo Mundim, de 46 anos, assassinada neste sábado (16), no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte. O namorado dela, o policial penal Rodrigo Caldas, de 45 anos, é o principal suspeito do crime.

O corpo de Priscilla começou a ser velado às 11h deste domingo (17) e seguirá até as 15h, no Cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, região Oeste de Belo Horizonte.

Familiares revelaram à Itatiaia que o laudo apontou que Priscilla foi morta por asfixia mecânica por constrição e traumatismo craniano contuso, ou seja, ele a enforcava e batia a cabeça dela ao mesmo tempo.

Rodrigo Caldas estava afastado de suas funções na polícia penal desde o ano passado por motivos psiquiátricos. Ele foi encontrado com um ferimento de faca na barriga e foi levado ao Hospital João XXIII, onde permanece internado sob escolta policial.

Atitudes suspeitas antes do crime

O cunhado de Priscilla, Leonardo Alves de Sousa, contou durante o velório que o casal foi até a casa dele na sexta-feira (15). A família de Priscilla não sabia que ele estava afastado, e Rodrigo chegou a afirmar que estava trabalhando no caso do gari morto na capital.

Segundo o cunhado, a família não sabia de algum histórico de agressões, mas percebiam que ele era ciumento. “Na sexta-feira, ela fez uma selfie. E aí ele falou comigo: ‘Léo, a Priscilla fez uma selfie, mas eu não estou na selfie. E ela posta tudo dela, mas não posta nada comigo’. Eu falei com ele: ‘Rodrigo, olha o Instagram da sua namorada, o que mais tem lá é foto sua com ela’”.

“E em uma outra oportunidade, a gente é atleticano e ele cruzeirense. E ela fez uma brincadeira, em questão de time. E aí ele ficou um pouco alterado, e aí eu entrei e falei: ‘Opa, você está muito carregado’. [Ele disse:] ‘Ah, mas você ia gostar, cara?’. [Eu respondi:] ‘Cara, espera aí, vamos ter equilíbrio’”, relatou.

Segundo o cunhado, Priscilla relatou que teve uma conversa com o policial dizendo que ele teria que melhorar a postura como namorado. Tudo isso aconteceu na sexta-feira (15), um dia antes do crime.

Após isso, a irmã de Priscilla recomendou que ela fosse dormir na casa da mãe e que não dormisse com o namorado. Já no sábado (16), a família tentou contato com Priscilla, mas não conseguiu. Leonardo e a esposa, então, foram na casa de Rodrigo para tentar contato com ele.

Leia também

‘Chame a polícia que eu fiz m****'

Ao chegar no local, Leonardo e a esposa perceberam que o carro de Rodrigo estava na garagem, mas não atendia. Eles, então, pediram a uma moradora que deixassem eles entrar. O casal bateu na porta da casa de Rodrigo, mas novamente não foram atendidos.

Leonardo, então, ligou para Rodrigo. Dessa vez ele atendeu e recomendou que a polícia fosse acionada. “Quando ele atendeu [a ligação], ele falou nessas palavras: ‘Irmão, chame o 190 que eu fiz m****'", contou Leonardo.

Priscilla foi encontrada sem vida

A Polícia Militar foi acionada e, ao chegarem ao local, se depararam com Priscilla já sem vida, enquanto o policial estava ferido. Ele foi encaminhado pelos próprios policiais ao Hospital João XXIII.

Testemunhas que estavam em um bar próximo ao prédio do casal contaram que ouviram uma briga no apartamento pouco antes do crime.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.