Max Aparecido de Souza, de 39 anos, foi preso, na tarde deste domingo (19), após agredir, com um soco no rosto, uma empresária de 40 anos, na Avenida Francisco Sales, Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte. Consta, no BO, que o agressor é uma pessoa em situação de rua.
Inicialmente, a polícia havia afirmado que a vítima já havia registrado dois boletins de ocorrência (BO) contra o homem, em 2015, porém familiares da mulher retificaram a informação, apontando que os casos antigos se referiam a outra pessoa em situação de rua.
Segundo o boletim de ocorrência (BO), a vítima contou que caminhava pela rua, quando notou que estava sendo seguida por um homem. Em determinado momento, ao olhar para trás, foi surpreendida com um soco no nariz.
A pancada tirou sangue no nariz da vítima, que também ficou com um grande inchaço no rosto.
Ela contou que não conhece o agressor formalmente, porém alegou que já vinha sendo perseguida por ele há anos. A mulher, inclusive, já registrou um BO contra Max. Sendo ele:
- Perseguição, em 15 de junho de 2025;
“O autor demonstra desprezo pela autonomia e integridade da vítima, agindo com sentimento de superioridade e dominação, características compatíveis com atitudes discriminatórias de gênero. Por parte do autor Max Aparecido, observa-se que sua conduta não se restringe à mera violência física ou à insistência em contato. Trata-se de um comportamento reiterado, violento e direcionado exclusivamente contra a vítima pelo fato de ela ser mulher, revelando um nítido caráter sexista em suas ações, como pode ser testificado pela solicitante”, escreveu a Polícia Militar (PM) no BO.
Foi reiterado, ainda:
“Diante do histórico criminal do autor, somado aos relatos colhidos no local e à reiteração das condutas agressivas e persecutórias contra a vítima, constata-se o perfil agressivo de Max, bem como o risco iminente à integridade física e psicológica da vítima, que, além de ter sido lesionada, vem sendo sistematicamente perseguida pelo autor sem qualquer motivação aparente, exclusivamente por sua condição de mulher.”
Populares contiveram o agressor
Chegando no local, os policiais encontraram populares contendo o agressor, que apresentava comportamento agressivo. Por isso, foi algemado.
Em um primeiro momento, Max afirmou que mantinha um relacionamento com a vítima. Depois, mudou a versão, alegando ter sido agredido por ela. Por fim, afirmou possuir um processo judicial contra ela.
Uma testemunha que presenciou os fatos afirmou, ainda, que Max portava uma faca. O homem, porém, se desfez do objeto ao perceber que populares corriam em sua direção para contê-lo. A arma branca não foi encontrada.
Segundo a PM, o agressor tem histórico de comportamento agressivo e envolvimento em diversas ocorrências criminais, sendo elas:
- Ameaça, em 23 de abril de 2025;
- Infração contra idosos, em 22 de setembro de 2024;
- Roubo, em 2 de março de 2019;
- Ameaça, em 25 de junho de 2018;
- Ameaça, em 20 de março de 2018;
- Lesão corporal, em 31 de março de 2017;
- Homicídio, em 25 de abril de 2015.
A PM encaminhou a vítima para atendimento no Hospital João XXIII.