Parque aquático projetado para 2025 segue parado em Sorocaba por falta de licença ambiental

Acqua Thermas Park teve apenas a terraplanagem concluída e enfrenta questionamentos do Ministério Público

O Grupo Thermas, responsável pelo projeto, afirma que decidiu não iniciar as obras físicas enquanto aguarda a conclusão dos trâmites ambientais

Anunciado como um dos maiores parques aquáticos do Brasil e com previsão inicial de inauguração em 2025, o Acqua Thermas Park, em Sorocaba (SP), está com as obras paralisadas há cerca de dois anos. Até o momento, apenas a terraplanagem foi executada em uma área de 120 mil metros quadrados no bairro Brigadeiro Tobias. A interrupção ocorreu por falta de licença ambiental.

O empreendimento, que prevê atrações como praia artificial, piscinas aquecidas e um toboágua de 60 metros de altura, enfrenta questionamentos do Ministério Público, que aponta que a região é classificada como de escassez hídrica crítica, inclusive para o abastecimento da população.

O Grupo Thermas, responsável pelo projeto, afirma que decidiu não iniciar as obras físicas enquanto aguarda a conclusão dos trâmites ambientais. Segundo a empresa, o pedido de licença prévia está em análise técnica na Cetesb. Já a companhia ambiental informou que aguarda o envio de informações complementares por parte do empreendedor para dar sequência à avaliação.

O parque foi apresentado oficialmente em maio de 2023, em evento na prefeitura de Sorocaba, com promessa de receber até 150 mil visitantes por mês. Além das atrações aquáticas, o projeto inclui resort, área infantil, rio lento e estacionamento para mais de mil veículos.

Duas ações civis públicas movidas pelo Ministério Público resultaram na paralisação ainda no início das intervenções. Na área ambiental, o MP questiona a continuidade das obras sem licenciamento e pede reparação por danos, como a supressão de vegetação. Em outra ação, voltada à defesa do consumidor, o órgão contesta a venda de títulos do empreendimento, alegando que o alvará concedido pela prefeitura não substitui a licença ambiental estadual.

O promotor Marcelo Silva Cassola, da promotoria regional de Sorocaba, destacou que o alto consumo de água previsto para o parque é incompatível com a situação hídrica da região.

Em nota, o Grupo Thermas afirma que o projeto segue em seu plano de expansão e que todos os procedimentos legais estão sendo cumpridos. A empresa diz ainda que os compradores de títulos têm acesso a outros parques do grupo, como o Sunset Thermas Park, em Paranapanema, e que cada caso é tratado conforme o Código de Defesa do Consumidor.

A prefeitura de Sorocaba informou que suspendeu o alvará após decisão liminar da Justiça e que aguarda a manifestação da Cetesb para analisar a possibilidade de emitir um novo documento.

*com informações de Estadão Conteúdo

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