O policial civil Fernando Augusto Lopes Drummond Diniz, autuado em flagrante por
Um dos trabalhadores foi baleado no joelho, o outro no tornozelo e o terceiro atingido de raspão na barriga. Eles foram levados para o Hospital Municipal de Contagem.
A decisão judicial apontou que não houve intenção de matar no ato, visto que Fernando Diniz estava há 30 metros das vítimas e utilizou um fuzil 556, “que é de alta precisão mesmo a distâncias muito maiores, se ele realmente tinha a intenção de matar as vítimas, teria concretizado o seu intento com facilidade”, conforme dito no documento.
Foi apontado, ainda, que apesar do policial ser primário e possuir bons antecedentes, ele utilizou de um armamento da Polícia Civil (PCMG) para cometer o crime, “o que torna ainda mais reprovável a conduta”. Conforme a decisão, isso faria com que medidas cautelares não fossem suficientes para garantia da ordem pública.
Casa de custódia da Polícia Civil não possui condições de dar suporte médico ao autor do crime, diz decisão
Porém, o fato de Fernando Diniz apresentar uma pequena lesão expansiva intramedular, sendo um “glioma bem diferenciado (ganglioglioma)”, que é um tipo de tumor cerebral, com necessidade de exames e tratamentos médicos, fez com que a Justiça entendesse que a prisão domiciliar seria mais adequada.
Além disso, um documento assinado pela delegada coordenadora do Núcleo de Gestão Prisional e Casa de Custódia da PCMG apontou que “a unidade de acautelamento não conta com serviço médico assistencial na própria sede, além de serem precárias as condições de encaminhamento a UPAs ou congêneres, em situações de urgência/emergência”.
Sendo assim, Diniz ficará em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. A defesa do homem solicitou que o processo seguisse em segredo de Justiça, porém o pedido não foi acatado.
O crime
Policial civil, Fernando Augusto Lopes Drummond Diniz invadiu uma obra no Centro de Contagem e atirou em três trabalhadores, com um fuzil 556, nessa sexta-feira (17). Após os disparos, o autor fugiu do local.
Testemunhas relataram que as vítimas trabalhavam na obra, quando foram surpreendidos pelo policial, que estava armado com um fuzil.
A principal suspeita é que a motivação do crime esteja ligada a uma desavença antiga devido à demarcação dos lotes. O policial é vizinho da obra e já havia um histórico de problemas em relação à construção.