A mulher que furou a mão de uma
A agressora terá que cumprir as seguintes medidas cautelares: comparecimento periódico em juízo para informar e justificar suas atividades; proibição de se aproximar da vítima (mantendo distância mínima de 500 metros); proibição de fazer contato com a técnica de enfermagem (inclusive por meios eletrônicos, como Telegram e WhatsApp); proibição de se ausentar da comarca de Belo Horizonte por prazo superior a 30 dias, sem prévia autorização judicial; compromisso de manter seu endereço atualizado; e dever de comparecimento a todos os atos do inquérito e da ação penal que vier a ser instaurada.
A agressão ocorreu na madrugada de segunda-feira (29), no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, durante um procedimento de coleta de sangue.
A profissional, de 53 anos, disse em entrevista à Itatiaia que
“Foi detectado, durante o exame de sangue dessa criança, que ela deu reagente para HIV. Diante disso tudo, estou passando por essa situação de desespero. Fui contaminada por uma agulha que já estava dentro da criança e agora vou ter que fazer acompanhamento por 29 dias, tomando o coquetel para não desenvolver o vírus da Aids”, relatou a técnica.
O Hospital Infantil João Paulo II fica no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A servidora atacada questionou a falta de segurança no local e a ausência de acolhimento da direção do hospital. Segundo ela, agressões vindas de pacientes e seus parentes são comuns na unidade de saúde e pouco é feito para coibi-las.
“A gente não tem suporte para divulgar essas agressões. Não temos apoio no local de trabalho, não temos apoio da chefia, é muito pouco. Poucas pessoas se preocupam com a gente e nos ajudam a levar em frente essas informações. A gente fica muito desassistido. Mesmo pessoas que estão vendo o que está acontecendo, na hora de apurar os fatos, saem e nos deixam sozinhas”, desabafou.