Dentre as justificativas levantadas pelo juiz Leonardo Damasceno para converter a prisão em preventiva do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos,
O magistrado usa a palavra “vítimas” no plural porque ele também se refere à motorista do caminhão de coleta de lixo.
"É bom ressaltar que todas as vítimas prestaram depoimentos muito harmonios e coerentes. Inclusive, a vítima da ameaça, que é a motorista, mulher trabalhadora do caminhão, que sofreu, que foi colocada em sua direção. Ela foi ameaçada. Ela viu toda a ação criminosa e passou devidamente características físicas, inclusive da placa do veículo utilizado. Então, nesse contexto há sim elementos indicios de autoria delitiva para esta base processual. Então, resta completamente indeferido o pedido defensivo de relaxamento da prisão”.
Damasceno também levou em consideração que tanto a motorista quanto os garis trabalhavam para um bem essencial social.
“E verifico prosseguindo, de extrema gravidade concreta dos fatos, as vítimas, sobretudo a vítima do homicídio consumado, estava lá trabalhando, um trabalhador, um gari, prestando inclusive um serviço público essencial para toda a sociedade de Belo Horizonte, recolhendo o lixo aqui da nossa comarca, de toda a sociedade”.
Por fim, o magistrado destaca a briga de trânsito e o momento fatal do tiro.
“Chega um cidadão, a princípio, o atuado, em razão de uma briga de trânsito, querendo passar ali na localidade, e, de forma desequilibrada e de forma violenta, sai do veículo, ameaça os trabalhadores que estão prestando serviço público, coloca a arma em direção a uma mulher, a uma motorista do caminhão, falando que vai dar um tiro na cara da trabalhadora. Volta com a arma em punho, já sai com a arma em punho”.
Veja, abaixo, o vídeo da audiência.
Caso do gari morto em BH: Suspeito de assassinato teria deixado o pente de munição da arma cair antes de atirar em Laudemir
— Itatiaia (@itatiaia) August 13, 2025
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