O integrante da Galoucura Yuri Ramon Pereira de Oliveira, acusado de matar o torcedor da Máfia Azul Rodrigo Marlon Caetano Andrade durante confronto no bairro Boa Vista, na região Leste de Belo Horizonte, foi condenado nesta quarta-feira (13) a quase 50 anos de prisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o réu foi sentenciado a duas penas de 29 anos e 9 meses de prisão, cada, por homicídio duplamente qualificado, mas, em relação à segunda vítima, que sobreviveu, teve a pena reduzida em 1/3.
Desta forma, segundo o Fórum Lafayette, a pena total pelos dois crimes - um homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio - Yuri foi condenado a 49 anos e 7 meses de prisão, em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.
O juiz determinou ainda a expedição do mandado de prisão para o réu, que está foragido, e não compareceu ao julgamento, embora tenha enviado um vídeo confessando o crime por meio dos advogados.
Ao estipular a pena, em razão da decisão do Conselho de Sentença que condenou Yuri por um crime de homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio qualificado, o juiz Luiz Felipe Sampaio Aranha destacou que o réu é dirigente de torcida organizada e se valeu da posição para instigar a violência, “desvirtuando os valores do esporte”, com consequências graves para a sociedade.
O magistrado destacou que, como consequência da violência praticada pelas torcidas organizadas, os jogos de futebol têm ocorrido com torcida única, afastando dos estádios famílias e os verdadeiros torcedores.
O juiz enfatizou ainda a gravidade do crime ocorrido “em plena luz do dia, em via pública, colocando em risco a vida de transeuntes”.
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O crime
O crime foi em março de 2022, no bairro Boa Vista, na região Leste de Belo Horizonte, antes de um clássico entre Atlético e Cruzeiro.
Na ocasião, integrantes da Galoucura entraram em confronto com membros da Máfia Azul.
Os grupos usaram pedras, paus e outros objetos durante a briga. Em determinado momento, Yuri Ramon Pereira de Oliveira atirou contra dois rivais cruzeirenses. Uma das vítimas sobreviveu, mas Rodrigo Marlon Caetano Andrade, de 25 anos, morreu.
Yuri chegou a ser preso, mas foi solto um mês depois, após o fim do prazo da prisão temporária. Desde então, é considerado foragido.