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Depois de perder pernas em romaria, atleta abre vaquinha para conseguir prótese

O sonho de Luciano Rocha, personal e professor de dança, de 54 anos, é voltar a correr. Para isso, Luciano precisa de R$ 90 mil para uma prótese

Luciano Rocha, de 54 anos, teve que amputar as duas pernas depois de ser atropelado enquanto fazia uma romaria até Aparecida, em São Paulo

O personal, capoeirista, professor de dança e atleta, Luciano Rocha, de 54 anos, teve que amputar as duas pernas depois de ser atropelado por um carro enquanto fazia uma romaria até Aparecida, em São Paulo, no ano passado. Agora, Luciano pede ajuda para voltar a praticar esportes com conforto. “Meu sonho é voltar a correr, nadar, a dar aula de dança de salão e jogar capoeira”, disse o atleta à Itatiaia.

Devoto de Nossa Senhora Aparecida, Luciano começou a correr na Pampulha. O atleta fazia o circuito com frequência, mas teve a prática interrompida pelo acidente. Ele conta que conseguiu próteses pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apesar disso, o aparelho não dá a acessibilidade necessária para a prática do esporte.

“É muito difícil, é muito complicado falar da prótese do INSS porque é a que nós temos hoje para usar, é a que eu tenho. É essa que eu tenho para batalhar, mas eu preciso de uma prótese melhor para desenvolver meu esporte e continuar minha vida”, explica Luciano Rocha.

Para conseguir uma nova prótese, Luciano iniciou uma arrecadação financeira via pix. O capoeirista já conseguiu arrecadar R$ 1 mil, sendo que o objetivo é conseguir R$ 89 mil. Para doar, é só acessar o site https://rochaoretorno.com/.

“Eu quero voltar para Aparecida. É o fato. Eu não voltei atoa, eu não levantei daquele asfalto sozinho. É fato: eu vou voltar o meu processo, isso é questão de tempo. Então o que eu gosto de fazer, principalmente, a questão da fé”, afirma Luciano.

Acidente a caminho de Aparecida

Luciano estava em Guaratinguetá, Vale do Paraíba Paulista, quase 2h a pé de Aparecida, quando foi atingido por um carro. O capoeirista não desmaiou com o impacto, o que possibilitou que ele saísse do local do acidente para buscar ajuda.

“Eu tive de rastejar no assalto. Se eu não rastejasse, seria esmagado pelos carros na Dutra. Eu tive de atravessar o guard-rei da Dutra, que é bastante alto, e gritar bastante pra ter socorro naquele momento”, explica Luciano Rocha.

Inicialmente, o capoeirista foi atendido no estado de São Paulo, mas foi transferido para o João XXIII, em Belo Horizonte. No hospital, Luciano precisou levar 21 pontos na cabeça, passar por quatro cirurgias e realizar amputação das duas pernas.

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas