A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) passa a fazer parte da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do Fiemg Lab, que desenvolve soluções tecnológicas. A ação visa aproximar a estatal mineira do ecossistema de startups e inovação do estado, para aumentar a competitividade e a sustentabilidade da companhia.
Dois exemplos de iniciativas inovadoras que a Copasa já adota internamente são: a redução de custos com energia elétrica, que hoje é o segundo maior gasto da empresa, e os treinamentos imersivos para a capacitação de profissionais.
A Gerente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Copasa, Carol Tenório, explica de que forma o acordo pode ajudar a empresa.
“Estamos começando a parceria agora, mas dentro das empresas que estão junto no Fiemg Lab, eles têm 300 empresas que poderíamos firmar parcerias, de todos os tipos. Empresas voltadas para atendimento ao cliente, para telemetria, para qualquer ponto da casa. Então podemos utilizar esses serviços, testar, e em seguida partir para um processo de contratação, mais a fundo, para que a gente incorpore essa inovação no nosso rol de soluções tecnológicas”, apontou ela.
Tenório ressaltou, ainda, como a parceria pode ajudar a Copasa a alcançar seus objetivos pensando no marco do saneamento.
“Dentro do marco do saneamento, temos metas bem definidas em relação a questões voltadas para, principalmente, a universalização do saneamento. Já estamos universalizados em água, mas ainda temos que andar um pouquinho no esgoto. E essa parceria pode nos trazer oportunidades de buscar soluções tecnológicas, ou não, mais eficientes, para conseguirmos alcançar essas metas dentro do prazo, ou antes, preferencialmente”, completou.
‘Flertando com a privatização’
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, destaca o que torna a parceria algo interessante e aponta um “flerte” com a privatização.
“A Copasa é uma empresa extraordinária do nosso estado e apesar de ser uma estatal, tem o capital aberto, e está flertando com a privatização, vamos dizer assim. Ela tem na liderança uma visão de mercado e teria que estar aqui transitando com a inovação, com o novo, então essa conexão entre as grandes empresas e as startups é fundamental, porque as grandes empresas são mais lentas, são mais morosas, elas têm estruturas hierarquizadas muito grandes e têm um pouco mais dificuldade de lidar com a inovação. E as startups são justamente o contrário. São empresas criadas para ter essa versatilidade.
Essa troca é muito relevante, ao mesmo tempo, as grandes empresas têm escala, têm os desafios, então elas somam uma a outra. É mais fácil ter esse desenvolvimento do que introspectar um departamento de inovação em uma empresa grande. É um modelo mais moderno e a Copasa o abraça, o que, para mim, é um grande acerto de gestão”, argumentou.
Aumento da exigência
O presidente da Copasa, Fernando Passalio, destaca a importância da conexão da empresa com a inovação.
“À medida que o tempo passa, a exigência por serviços melhores aumenta. Nossa intenção é utilizar essa riqueza que as startups têm de dar soluções, dinamismo, à prestação de um serviço tão essencial e importante para o usuário. Para nós, uma empresa com 62 anos, é de suma importância ter essa parceria com a Fiemg Lab. A Copasa precisa, cada vez mais, ser uma empresa ágil, moderna e dinâmica. E com a inovação, temos um dos principais pilares para tornar isso possível”, apontou ele.
