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Preços dos ovos de Páscoa em BH apresentam alta de 12%

Com preço médio de R$ 60,98, os ovos de páscoa tiveram uma alta expressiva nos preços em 2025, se comparado a mesmo período do ano passado

Levantamento feito pela Ipead/UFMG mostrou uma alta nos preços de produtos consumidos tradicionalmente na Páscoa

Garantir um ovo de Páscoa para presentear ou para consumo próprio na celebração de 2025, em Belo Horizonte, ficou mais caro. De acordo com o levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), os preços dos ovos de Páscoa subiram 12,01%.

A alta foi maior que o aumento dos preços de bens e serviços do período. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação bateu 7,56%. O crescimento é considerado expressivo, já que, entre 2023 e 2024, o preço médio dos ovos havia subido apenas 0,75%.

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De acordo com o Gerente de Pesquisa da Fundação IPEAD/UFMG, Eduardo Antunes, o aumento expressivo nos ovos de páscoa está relacionado a problemas com a produção da matéria prima, o cacau, em 2024. O especialista também aponta a inflação e o aumento da demanda pelo produto como motivos para a alta.

“Um grande produtor do Cacau, que é a África Central, teve alguns problemas com a produção do ano passado, que reverberam agora neste período. (...) A produção brasileira também teve uma pequena queda em relação ao ano passado. O Brasil é um grande produtor de cacau e teve um pequeno problema também que acabou afetando a produção, consequentemente, a oferta do produto no mercado e elevando assim também os preços finais”, detalha Eduardo Antunes .

O produto teve um preço médio de R$ 60,98 em Belo Horizonte entre os 18 produtos analisados. Apesar da alta dos preços, a diferença entre os maiores e menores valores dos ovos encontrados no mercado foi bem menor que nos anos anteriores. A dispersão máxima encontrada em 2025 foi de 52,52%, enquanto no ano anterior foi de 80%.

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Outros produtos

Os preços de outros produtos tradicionais da Semana Santa também apresentaram alta em relação a 2024. O maior aumento foi da sardinha em lata, que apresentou uma variação de 24,21%.

Já entre o tradicional bacalhau e outros peixes a alta foi de 4,19% e 2,53%, respectivamente. De acordo com o Ipead, foi encontrado bacalhau cujo preço subiu 46,72% e peixe cujo preço subiu 27,35%.

Para o levantamento, foram realizadas pesquisas de preços, entre os dias 10 e 31 de março, em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte. Os comércios foram ouvidos de forma presencial e pela internet, para os estabelecimentos que possuem entrega na capital mineira.

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas