Três obras de urbanização na região do Taquaril, na zona leste da capital, foram entregues neste sábado em agendas do prefeito Álvaro Damião (União). As intervenções fazem parte do Orçamento Participativo (OP), são entregues com mais de uma década de atraso. Uma das obras visitadas pelo prefeito foi a escadaria de cerca de 150 metros que liga as ruas Jardim América, Pedro Alexandrino Mendonça e Ramiro Siqueira.
Na agenda, Damião conversou com moradores e lideranças locais, acompanhado de vereadores. Segundo a prefeitura, cerca de R$ 180 milhões estão sendo investidos em obras voltadas para a população de vilas, favelas e outras áreas classificadas como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).
Damião destacou a retomada do OP como um marco da atual gestão. "É um cuidado com as pessoas mais simples, com as pessoas mais pobres, é um orçamento participativo que estava parado desde 2013, já tem 12 anos que estava parado esse orçamento participativo e o prefeito Fuad, ano passado, antes mesmo da campanha, já havia colocado em prática o projeto de orçamento participativo só para vilas e favelas. Nós temos um olhar diferenciado para vilas e favelas porque a gente entende que aqui estão as pessoas mais simples e que mais precisam da cidade”, afirmou.
Evento no Peru
Recém-chegado de Lima, no Peru,
“A gente foi mostrar para boa parte do mundo o que já é realidade para nós, que são as PPPs, por exemplo, na saúde, na educação, as nossas e-mails construídas através de PPPs. A gente construiu uma e-mail hoje com uma qualidade fantástica, o mundo reconhece a qualidade, em 9, 10 meses, o mesmo com o Centro de Saúde, sabe? A gente já faz isso aqui em Belo Horizonte e fomos mostrar para eles”, disse.
Além de apresentar os modelos locais, Damião afirmou que também voltou com aprendizados. “Quando você vai para um congresso como esse, você não vai só para poder mostrar o que você faz, mas aprender o que está sendo feito por lá. Muita coisa interessante está sendo feita em Lima, na capital do Peru, obviamente é uma capital federal, o tratamento é diferente, mas a gente trouxe muita coisa e principalmente o relacionamento.”
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Obras do Belverede
O prefeito também foi questionado sobre a situação da obra do viaduto do Belvedere, sobre a BR-356. Segundo Álvaro, o projeto original será revisto.
“A obra está parada, mas não foi uma obra que foi abandonada como alguns achavam, não. A gente conversou com parte dos moradores do Belvedere em uma reunião que fizemos e naquela reunião entendemos que a gente podia fazer um outro projeto, que não precisasse retirar dali tantas árvores como seriam retiradas, apenas isso. A gente ia fazer a mesma obra, porém com impacto menor”, disse.
Damião afirmou que, apesar de haver divergências dentro do bairro, a cidade precisa seguir seu processo de desenvolvimento.
“Analisando agora, junto com muitas outras pessoas, a gente percebe que existe um outro grupo de representatividade considerável no bairro que quer que o problema tenha uma solução. O que a gente tem que dizer, não só para o Belvedere, como para todos os outros bairros, é que Belo Horizonte está crescendo absurdamente e a gente tem que acompanhar esse crescimento, inclusive no trânsito da cidade. Nós não temos nenhum bairro aqui em Belo Horizonte que é uma ilha, que pode ser tratada de forma diferenciada. Não. Os bairros são da cidade e cabe à cidade cuidar desses bairros”, afirmou.
Orçamento participativo
Sobre as metas da Prefeitura em relação às antigas obras do Orçamento Participativo, o prefeito ressaltou a prioridade em concluir os projetos mais antigos.
“A nossa meta é primeiro recuperar as mais antigas. Essa aqui, por exemplo, é de 2013. A pessoa participou de todo um processo, eu participo sempre dos processos de OP e sei a dificuldade que é para ganhar uma obra dessa. Então as pessoas participaram disso há 12 anos atrás e elas nem sabiam se isso ia acontecer ou não, se a obra ia acontecer ou não. O que a gente fala para essas pessoas é que a gente vai colocar essas obras em dia. Não é fácil, não é simples, porque são muitas obras e muitos anos de atraso. Mas a gente vai colocar as obras em dia porque a gente entende que essas obras, principalmente para as pessoas mais simples, para nós são as mais importantes”, disse.