Nesta semana, a Itatiaia contou um pouco da história de Belo Horizonte e da própria rádio a partir do trajeto da Avenida Afonso Pena. E tudo que começa tem um fim, incluindo a própria avenida. Com pouco mais de 4 km, a avenida começa na
Mas tem muita gente que acha que Afonso Pena vai até a Praça do Papa, como conta a vendedora Renata, que trabalha há 10 anos em uma barraca de coco. “Pessoal chega aqui achando que aqui faz parte da Afonso Pena, só que aqui é Avenida Agulhas Negras, né? Do bairro Mangabeiras”, explica.
Então, não confunda: A Avenida Afonso Pena termina na Praça da Bandeira. A Praça do Papa não fica na avenida, e sim na Agulhas Negras.
Renata mora em Santa Luzia e pega dois ônibus para chegar até a Praça do Papa. A barraca de coco em que ela trabalha já existe há 40 anos e um de seus clientes mais assíduos é o Flávio, que mora no Anchieta, mas sempre que pode dá uma chegada na Praça do Papa.
“Eu gosto de áreas verdes, da natureza. Eu gosto do pessoal aqui também, muito gente boa, a própria Renata, os outros frequentadores aqui também, o pessoal que trabalha”, conta.
Praça do Papa em registro de dezembro de 2024
Visita do Papa
Flávio era apenas uma criança e a banca de coco da Renata ainda nem existia quando a Praça Israel Pinheiro - o nome ‘de batismo’ da Praça do Papa - viveu seu momento mais marcante. Foi quando ela se transformou em Praça do Papa. A Itatiaia, como sempre, esteve presente.
No dia 1º de julho de 1980, o
Mudança no traçado original
Nem Praça do Papa e nem Praça da Bandeira - no traçado original da Aarão Reis, a avenida Afonso Pena terminaria onde hoje é a Praça Milton Campos, no cruzamento com a Avenida do Contorno.
Ali nao existiria nem Praça, seria uma catedral metropolitana com capacidade para receber 12.000 fiéis. Porém, a cidade precisava crescer e a Prefeitura tinha que fazer uma ligação entre o centro e a região das Mangabeiras. Com isso, a ideia foi abandonada.
Fato é que a catedral não saiu do papel, mas a Praça do Papa acabou se tornando, sem querer, uma forma de retomar aquela ideia inicial. E é dessa praça, no alto das mangabeiras, que a gente encerra essa série de matérias especiais.
Ouça a matéria completa:
* Esta reportagem especial teve produção e direção de Fernanda Rodrigues e Marina Borges, com apoio de Vinícius Brito e Naice Dias.
* A série especial “BH como eu te vejo” é um oferecimento da Araújo.