A defesa de Welbert de Souza Fagundes, réu pela morte do sargento Roger Dias da Cunha, morto com um tiro na cabeça no início de janeiro de 2024 em Belo Horizonte, entrou com um pedido para que o acusado seja transferido ‘imediatamente e com extrema urgência’ para um hospital psiquiátrico. O pedido é feito com base em um laudo assinado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro, que ficou famoso após realizar o laudo psiquiatra de Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o então candidato a presidência, Jair Bolsonaro (relembre o caso no fim da matéria).
A informação foi confirmada à Itatiaia por Bruno Torres, advogado de Welbert. O documento apresentado à Justiça com ‘extrema urgência’ afirma que Welbert possui ‘condição mental, com sintomas psicóticos ativos, que exige intervenção urgente e imediata’. O laudo assinado pelo perito indica ‘transtornos mentais e psicóticos devido ao uso de múltiplas drogas’ e ‘esquizofrenia paranoide’.
‘Tal condição implica intervenção urgente, pois há indícios severos de que o Réu esteja sofrendo gravemente, em seu quadro de saúde mental, com sintomas psicóticos ativos, o que pode agravar sua condição’, argumenta o advogado no pedido, que ainda não foi analisado pela Justiça.
‘RECOMENDA A IMEDIATA TRANSFERÊNCIA DO RÉU PARA HOSPITAL PSIQUIÁTRICO, pois não tem sido possível sequer estabelecer contato claro, uma vez que tem apresentado sintomas psicóticos ativos, pois a unidade não possui estrutura para acautelá-lo apropriadamente, para continuação dos atendimentos’, cita o pedido, assinado por Bruno e pela também advogada Aline Elen Prezotte Maia.
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Sargento baleado
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O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria. Ele não resistiu aos ferimentos e
Suspeito estava foragido da ‘saidinha’
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.
A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.
No dia 11 de janeiro, poucos dias após a morte do sargento Dias,
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