Ouvindo...

Homem que asfixiou garota de programa com fios de TV vai a julgamento em BH nesta terça (9)

Agnes Soares Figueiredo Dias foi morta por André Carvalho Soares Pena em 2019; ele alegou que sentiu “vontade de matar”

André Carvalho e Agnes Soares Figueiredo

Cinco anos após o crime, um homem acusado de matar uma garota de programa em um apartamento na zona oeste de Belo Horizonte vai a julgamento nesta terça-feira (9) no 3º Tribunal do Júri de BH. André Carvalho Soares Pena, 25 anos, é réu pela morte de Agnes Soares, que tinha 18 anos na época.

O crime ocorreu no apartamento onde ela morava, na avenida Barão Homem de Melo, na região Oeste da capital mineira, em outubro de 2019. Na data, André, então com 21 anos, combinou um programa sexual com a vítima, de 18 anos, por um site na internet. Ele se identificou normalmente na portaria do estabelecimento para entrar.

Leia mais:

Leia também

Enquanto os dois mantinham relação sexual, André falou que mataria a garota, mas ela não acreditou - afirmou, na época, a delegada Michelle Campos. O jovem, então, estrangulou Agnes com as mãos e, para se certificar do óbito, a esganou com um cabo da televisão do quarto. Para disfarçar o crime, arrastou o corpo para o banheiro.

Crime ocorreu em hotel na Av. Barão Homem de Melo, região Oeste de BH

Motivação do crime

Depois do crime, André saiu do apartamento com pertences da vítima, passou em casa e fugiu para Curitiba. Ao ver a repercussão do caso, decidiu se entregar à polícia.

Ao ser preso, André contou aos policiais que “sentiu vontade de matar” porque havia perdido o pai três anos antes. “Ele relata que não foi para matar, que não tinha esse intuito, e que essa vontade veio durante o ato sexual”, afirmou a delegada na época das investigações”. Quando foi ouvido na Justiça, André alegou que ficou irritado porque Agnes se atrasou para o programa.

André foi colocado em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e a defesa tentou alegar insanidade mental, mas o pedido foi indeferido. Em 2021, foi publicada a sentença de pronúncia, que mandou o caso a júri popular.

* Sob supervisão de Enzo Menezes


Participe dos canais da Itatiaia:

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia