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Avó de criança morta com sinais de desnutrição pede ajuda financeira para translado do corpo até SE

A mãe e o padrasto estão presos; na última sexta-feira (7), o menino deu entrada na Santa Casa de Lagoa Santa já sem vida

Criança morreu após chegar na Santa Casa de Lagoa Santa

A avó da criança de 7 anos que morreu com sinais de desnutrição em Lagoa Santa, na grande BH, desembarcou neste domingo (9) na capital mineira para fazer o reconhecimento e a liberação do corpo do Instituto Médico Legal (IML). Ela pede ajuda para fazer o translado do menino para o enterro na cidade onde a família vive.

Maria Antônia Contreira saiu de casa em Laranjeira, no interior de Sergipe. “Estou aqui devido ao que aconteceu com minha filha e meu neto. Infelizmente, esse homem destruiu a minha família”, disse à reportagem da Itatiaia.

Na última sexta-feira (7), o menino deu entrada na Santa Casa de Lagoa Santa já sem vida. O paciente apresentava rigidez e, segundo a equipe médica, a criança já estaria morta há cerca de quatro horas. O garotinho estava em quadro avançado de desnutrição. Em depoimento à polícia, a mãe da criança, de 27 anos, disse que o companheiro, de 19 anos, impedia que o enteado se alimentasse. “Ele espancava ela e escondia a criança”, contou a avó da vítima.

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O casal é de Sergipe e veio para a capital em busca de uma vida melhor. “Minha filha sempre foi guerreira. Sempre batalhou para colocar o pão em casa, mas se envolveu com esse homem e colocou na cabeça de casa de vir para cá", acrescentou.

Agora, Maria Antônia tenta localizar os outros netos. Com o casal, viviam quatro crianças, sendo três filhos da mulher e um recém-nascido filho do casal. As crianças foram entregues ao Conselho Tutelar. “Se Deus quiser, vou pegá-los e levá-los comigo”, contou.

Ela ainda disse que, para a liberação do corpo do pequeno, é necessária a entrega de alguns documentos. Maria pede ajuda para fazer o translado do garoto. “Queria agradecer a todos que ajudaram para a gente chegar. Mas ainda precisamos de ajuda para levar o corpo do menino para Sergipe”.

A mãe e o padrasto estão presos e devem responder pelo crime de maus tratos, com agravante de ser menor de 14 anos, com resultado em morte.

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.