O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte,
O registro policial afirma que Juliano Lopes desferiu um empurrão no peito do sargento Vinicius Queiroz e disse: “não vai prender, não vai prender”. “Logo em seguida ele deu dois socos no rosto do militar. Diante da agressão sofrida, ainda segundo o relato, Queiroz reagiu ao soco dando um chute na virilha de Juliano. Na sequência, o militar deu voz de prisão por agressão”, relata trecho do boletim de ocorrência.
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Por sua vez, o presidente da Câmara, representado por um advogado, afirmou que foi surpreendido com a polícia “invadindo” as duas portarias do prédio e chegando até ao salão de festas. De acordo com Juliano Lopes, o proprietário de um dos apartamentos comemorava o aniversário quando a polícia tentou retirá-lo do local “de forma truculenta”.
“Juliano Lopes afirma que tentou apaziguar a forma truculenta e agressiva que o policial Queiroz estava retirando o proprietário Washington. Logo em seguida, Juliano Lopes ressalta que foi atingido por uma joelhada na região pubiana. Diante do contexto, se apresenta como vítima do fato e não autor”, registra o boletim de ocorrência.
O vereador nega as agressões e afirma que em nenhum momento agrediu fisicamente o policial, e que as acusações serão desmentidas pelas imagens do circuito interno de câmeras do prédio.
A Itatiaia procurou o vereador Juliano Lopes para se manifestar. Sua assessoria afirma que está apurando todas as informações antes de se posicionar. O espaço segue aberto.
Entenda como a confusão começou
A confusão começou com a abordagem policial a um homem que apresentava sinais de embriaguez. De acordo com outro registro policial, militares do 13º Batalhão abordaram um homem que dirigia um carro e apresentava “olhos avermelhados”.
Em determinado momento, Washington Luiz Leite Lana, de 33 anos (assessor jurídico parlamentar), se apresentou como amigo do motorista e advogado público, e teria confrontado os policiais, alegando que a medida era indevida. O B.O relata que ele disse que entraria em contato com o comandante do batalhão e tentou convencer os militares a não adotarem providências.
Após discutir com os PMs, Washington exaltou-se e teria desacatado um dos sargentos que estavam no local, e por isso recebeu voz de prisão. O advogado entrou em um condomínio para não ser detido, mas os policiais o seguiram até o hall de entrada
Nesse momento, diversas pessoas que participavam de uma festa de aniversário passaram a interferir na ocorrência e tentaram impedir a prisão, incluindo Juliano Lopes, iniciando uma confusão generalizada.
A reportagem também procurou Washington Luiz, mas não houve retorno. A Itatiaia também procurou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).