Uma abordagem policial a um homem que apresentava sinais de embriaguez no bairro Itapoã, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, durante a noite deste sábado (25), acabou em confusão, com o envolvimento do
De acordo com o registro policial que a Itatiaia teve acesso, a confusão começou quando militares do 13º Batalhão abordaram um homem que dirigia um carro e apresentava “olhos avermelhados” e que teria se recusado a fazer o teste do bafômetro. Após a situação, o veículo do motorista foi liberado para outro condutor, que se apresentou habilitado.
Ainda de acordo com o BO, Washington Luiz Leite Lana, de 33 anos (assessor jurídico parlamentar), se apresentou como amigo do motorista e advogado público. Nesse momento, ele teria confrontado os policiais, alegando que a medida era indevida. Ainda conforme o registro policial, ele disse também que entraria em contato com o comandante do batalhão e tentou convencer os militares a não adotarem as providências. Após discutir com os PMs, Washington exaltou-se e teria desacatado um dos sargentos que estavam no local, dizendo: “Então faz, seu b***”. Por isso, recebeu voz de prisão por crime de desacato.
Diante da situação, Washington entrou em um condomínio para não ser detido, mas os policiais foram até o hall de entrada do prédio. Nesse momento, diversas pessoas que participavam de uma festa de aniversário passaram a interferir na ocorrência e tentaram impedir a prisão, iniciando uma confusão generalizada.
No registro, a polícia ressalta que Washington estava “bastante exaltado e resistente à prisão”, sendo necessário o uso da força para sua contenção e imobilização. Durante a confusão, ele teria prendido o braço de um tenente em um portão e quebrado o relógio do militar.
Ainda segundo o BO, foi nesse momento em que o presidente da Câmara Municipal de BH, Juliano Lopes, teria interferido e empurrado um dos sargentos, além de acertar dois socos em seu rosto, enquanto gritava “não vai prender”. O boletim relata também que Juliano Lopes foi atingido pelo militar com um chute na virilha. O vereador, então, recebeu voz de prisão por agressão.
No BO, Juliano Lopes negou veementemente as agressões. “Ele afirma que tentou apenas apaziguar a forma truculenta e agressiva com que o policial estava retirando o homem (Washington) envolvido na confusão do local”, destacou trecho do documento. Juliano alegou também que foi atingido por uma joelhada na região pubiana pelo sargento e se apresentou como vítima, e não como autor.
Juliano Lopes registrou um BO afirmando que a imputação de agressão contra sua pessoa é “leviana e mentirosa”. Ele disse também, durante depoimento, que “as imagens do circuito interno de câmeras do prédio comprovarão sua versão”.
A assessoria do parlamentar informou que está “apurando todas as informações e tomando todas as providências cabíveis antes de se posicionar”. O espaço segue aberto. A Itatiaia também procurou a Polícia Civil (PC).