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Juliano Lopes se manifesta após ser acusado de agredir PM e se diz vítima de abordagem

Presidente da Câmara de Belo Horizonte se envolveu em uma confusão com militares durante festa de um amigo

Presidente da Câmara de BH lamentou a confusão e disse que foi agredido por PM

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Juliano Lopes (Podemos), se manifestou sobre um suposto caso de agressão contra um policial afirmando ser vítima do militar. Em nota publicada neste domingo (26), o parlamentar afirmou que os militares conduziram uma abordagem “truculenta e desproporcional”.

O vereador compartilhou um recorte do vídeo do circuito interno de câmeras do prédio, onde mostra o momento em que leva um chute dado pelo militar. As imagens, no entanto, não revelam detalhes desde o início da briga no prédio e já começam no decorrer das desavenças.

Lopes também afirma que fez exame de corpo de delito que comprovou as lesões sofridas durante a abordagem.

Segundo ele, os amigos estavam reunidos em um evento social quando os militares chegaram no local. “Quando o anfitrião tentou dialogar de forma pacífica com os agentes, recebeu voz de prisão de maneira arbitrária”, declarou.

“Diante disso, todos os presentes, inclusive eu, nos aproximamos na tentativa de acalmar os ânimos e apaziguar a situação. Foi nesse momento que fui agredido com chutes na Virilha por um dos policiais, sem qualquer justificativa ou provocação de minha parte, conforme pode ser visto na imagem”, disse Juliano Lopes.

O parlamentar encerra o comunicado afirmando que repudia qualquer tipo de violência e abuso de autoridade, reiterando que respeita a Polícia Militar de Minas Gerais e seus servidores. “Sei que esse militar é uma exceção na corporação e lamentou sua falta de preparo”, completou.

Em nota enviada à Itatiaia, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que apura o caso. A reportagem também procurou a Polícia Militar para se manifestar sobre a abordagem, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.

Vereador recebeu voz de prisão por socos

Juliano Lopes foi acusado de agredir um Policial Militar com um empurrão e dois socos durante uma festa de aniversário de um amigo. O boletim de ocorrência que a Itatiaia teve acesso destaca que os militares foram até um prédio no bairro Itapoã, na Região da Pampulha, atrás de um suspeito de desacatar as autoridades.

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O registro policial afirma que esse homem entrou no prédio para evitar ser preso em flagrante quando o vereador interveio na confusão. O B.O destaca que Juliano Lopes empurrou um PM e gritou: “não vai prender, não vai prender”.

“Logo em seguida ele deu dois socos no rosto do sargento. Diante da agressão sofrida, o militar desferiu um chute na virilha de Juliano, dando voz de prisão por agressão”, relata trecho do boletim de ocorrência.

Leia a íntegra da nota de Juliano Lopes

Na madrugada de hoje, fui vítima de agressão física por parte de um policial militar durante um evento social na residência de um amigo.

A Polícia Militar foi acionada ao local por um vizinho. Ao chegar, a equipe policial adotou postura truculenta e desproporcional à situação. Quando o anfitrião tentou dialogar de forma pacífica com os agentes, recebeu voz de prisão de maneira arbitrária.

Diante disso, todos os presentes, inclusive eu, nos aproximamos na tentativa de acalmar os ânimos e apaziguar a situação. Foi nesse momento que fui agredido com chutes na Virilha por um dos policiais, sem qualquer justificativa ou provocação de minha parte, conforme pode ser visto na imagem.

Imediatamente após o ocorrido, registrei Boletim de Ocorrência formal e realizei exame de corpo de delito, que comprova as lesões sofridas. Além disso, toda a ocorrência foi registrada pelas câmeras do circuito interno de segurança da residência, e as imagens já foram entregues às autoridades competentes para instruir a investigação.

Como presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, acredito nas instituições e confio que a Justiça tomará as providências cabíveis diante das provas materiais e documentais disponíveis.

Repudio veementemente qualquer tipo de violência e abuso de autoridade. Ao mesmo tempo, reitero meu profundo respeito à Polícia Militar de Minas Gerais e aos profissionais que exercem suas funções com ética e compromisso com a sociedade. Sei que esse militar é uma exceção na corporação e lamento sua falta de preparo.

Permaneço à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários e acompanharei pessoalmente o desenrolar das investigações.

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.
Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.