O ex-policial, suspeito de matar Hudson Maldonado Gama, de 86 anos, queimado vivo em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais, se entregou nesta sexta-feira (24). Ele
Em nota, a Polícia Civil disse que “o Poder Judiciário decretou sigilo do inquérito policial e que segue em tramitação visando a apurar a morte”. Ontem, a corporação confirmou que o criminoso foi identificado e estava sendo procurado.
“A suposta motivação do crime seria sua exclusão do quadro da instituição por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) face à prática de transgressão disciplinar de natureza grave, tendo em vista que a vítima participou do procedimento à época”, afirmou por meio de nota.
Suspeito se entregou à polícia
‘Partiu de forma cruel’
O filho do delegado publicou um vídeo nas redes sociais. Ele, que tem o mesmo nome que o pai e também é delegado, desabafou: ‘Meu pai partiu de uma forma cruel.”’ Hudson detalhou o crime e disse que o pai foi esfaqueado antes de a casa ser tomada pelo fogo. “Ele aguardou 18 anos e foi então à procura do meu pai, um homem idoso de 86 anos, já vítima de dois AVCs inválido que ficava sobre uma cama imóvel magro e praticou a barbárie. Ele matou meu pai a golpes de faca, o enrolou no colchão e ateou o fogo”.
Ele ainda explicou a denúncia feita pelo pai.” Na verdade, ele (o suspeito) é um ex-policial civil que, em 2006, foi expulso da gloriosa Polícia Civil de Minas Gerais em razão de corrupção. Essa expulsão se deu após uma senhora procurar o meu pai para atuar em sua defesa, pois estava sendo extorquida. (Ela estava sendo) vítima de extorsão praticada por esse então policial civil. Meu pai, já como advogado, produziu as provas, apresentou à corregedoria, o que ocasionou a demissão, a expulsão deste criminoso que, à época, ainda era policial civil.”
Na postagem, ele promete que o autor do crime será capturado. “Obrigou a família a fazer um enterro com caixão lacrado”, disse. “Acredito na justiça dos homens e divina, esse crápula será preso e responderá diante do Altíssimo”, acrescentou.
O crime
De acordo com o registro, o homem chegou na residência, que fica na avenida Irmã Flávia, no bairro CDI II, dizendo que ia fazer uma entrega. “Por volta das 11 horas, um indivíduo interfonou apresentando-se como entregador da farmácia e que teria uma encomenda para o dr. Hudson, que relutou a abrir o portão”, disse o boletim.
A cuidadora contou à polícia que, ao atender, foi ameaçada com os seguintes dizeres: “abre aqui se não vou te matar”. Com medo, ela abriu o portão. Depois, o autor ainda acrescentou: “meu problema não é com você, sai daqui,
Hudson estava com a saúde debilitada em função de um AVC, que teve há seis meses, por isso não conseguiu sair e morreu carbonizado.
A perícia e uma equipe de policiais compareceram ao local para identificar e coletar vestígios. “O corpo da vítima foi encaminhado ao Posto Médico-Legal (IML) do município, onde passou por exame de necropsia e, em seguida, foi liberado aos familiares”, disse a PC.