A execução do delator do PCC,
A polícia apontou Emílio Carlos Gongorra, o “Cigarreira”, e Diego Amaral, o “Didi” , como mandantes do crime. O caso ainda envolve Kauê Amaral, apontado como olheiro da facção no
Informações precisas sobre o
“O nome dele é Kauê do Amaral Coelho, esse indivíduo, que eu já mencionei que anteriormente já se identificou como membro do PCC, já foi preso por tráfico de drogas, encontra-se foragido. Em razão disso, fixamos o valor a ser pago a quem fornecer informações relevantes que levem à captura desse criminoso”, conclui Derrite.
Três PMs suspeitos de envolvimento na morte de Gritzbach Justiça decide se mandante e PMs acusados pela morte vão a júri Caso Vinícius Gritzbach: Justiça Militar torna réus 18 policiais
Os três citados estão com a preventiva decretada, porém permanecem foragidos. De acordo com a polícia, Cigarreira é ligado ao Comando Vermelho (CV) e teria fugido com os outros suspeitos para o Rio de Janeiro.
O assassinato teve grandes desdobramentos, que revelou o envolvimento de agentes públicos com a principal facção criminosa da América Latina e ainda está distante de um desfecho.
A Polícia Civil
Gritzbach havia firmado um acordo de colaboração premiada com o MP, fornecendo informações sobre esquemas de lavagem de dinheiro do PCC e apontando movimentações financeiras e imóveis de integrantes da facção, incluindo informações sobre um líder conhecido da facção, o “Cara Preta”.
Ele também teria indicado policiais militares e civis suspeitos de extorquir criminosos. Os policiais militares Denis Antônio Martins e Ruan Silva Rodrigues, identificados como os atiradores; e Fernando Genauro da Silva, denunciado como motorista do automóvel utilizado na execução de Gritzbach, foram pronunciados e irão a júri popular.
Ao todo, 18 PMs tornaram-se réus — 14 deles seguem presos no Presídio Militar Romão Gomes. O inquérito militar foi encaminhado ao Tribunal de Justiça Militar, e os processos administrativos disciplinares continuam em andamento.
A delação e as ramificações do crime
Em depoimentos, Gritzbach denunciou diversos policiais que teriam ligação com o PCC.
O investigador da Polícia Civil Marcelo Marques de Souza, conhecido como Marcelo “Bombom”, por exemplo, foi condenado a 11 anos e 3 meses em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Bombom, que mantinha contato com Gritzbach, recebia propina de prostíbulos, desmanches e casas de jogo na Zona Leste de São Paulo, no esquema conhecido como “recolhe”.
A ligação do crime com integrantes de forças de segurança
Laudos periciais indicaram que a munição usada na execução do delator era da Polícia Militar (PM) de São Paulo. Laudos também apontaram o DNA de dois PMs em veículos e roupas relacionados ao assassinato.
As denúncias de Gritzbach também levaram à “Operação Tacitus”, que mirou a desarticulação de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro. O Gaeco denunciou donos de fintechs por lavagem de dinheiro para o PCC. As investigações mostraram que o PCC lavou R$ 6 bilhões usando fintechs.
*Com colaboração da CNN Brasil