A Justiça continua, nesta terça-feira (29), a primeira audiência que vai definir se quatro dos seis réus acusados pela morte de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach devem ser julgados pelo assassinato do delator do PCC. O crime ocorreu em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Os acusados são Diego dos Santos Amaral, o “Didi”, que está foragido, e é apontado pelo Ministério Público como mandante do crime e membro do PCC, Fernando Genauro da Silva, tenente da Policia Militar, acusado de dirigir o carro usado na fuga pelos atiradores, Denis Antonio Martins, cabo da PM, responsável por atirar em Gritzbach, e Ruan Silva Rodrigues, soldado da corporação, que também atirou no empresário, de acordo com o MP.
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Os outros dois réus mais um mandante e um “olheiro” ainda não constituíram advogados e por isso o processo de homicídio contra eles foi suspenso temporariamente. São eles
Nesta segunda (28), foram ouvidas duas vítimas sobreviventes e 5 testemunhas comuns às partes. Nesta terça (29), a audiência, que começa às 13h, vai ouvir testemunhas da defesa. O caso segue sob segredo de Justiça.
Investigações
Das 41 pessoas que são investigadas pelas autoridades por suspeita de terem alguma ligação com o assassinato de Gritzbach, 34 estão presas. O caso Gritzbach escancarou o envolvimento de 27 policiais de São Paulo com o PCC e o CV. Entre os agentes, estão integrantes das polícias Civil e Militar.
A partir da morte de Gritzbach, foi montada uma força-tarefa em três frentes: a Polícia Civil investiga o assassinato; a Polícia Federal apura a denúncia de corrupção policial; e a Polícia Militar averigua a atuação irregular de agentes na escolta do delator.