A execução do delator do PCC
O assassinato teve grandes desdobramentos, que revelou o envolvimento de agentes públicos com a principal facção criminosa da América Latina e ainda segue carente de resolução.
A Polícia Civil encerrou o inquérito apontando o motivo do assassinato como “vingança”, enquanto o
Gritzbach havia firmado um acordo de colaboração premiada com o MP, fornecendo informações sobre esquemas de lavagem de dinheiro do PCC e apontando movimentações financeiras e imóveis de integrantes da facção, incluindo informações sobre um líder conhecido da facção, o “Cara Preta”. Ele também teria indicado policiais militares e civis suspeitos de extorquir criminosos.
A polícia apontou
Os três estão foragidos, com prisão preventiva decretada. De acordo com a polícia, Cigarreira é ligado ao
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação da execução foi vingança e disputa por dinheiro envolvendo lavagem de ativos e criptomoedas.
Os policiais militares
O inquérito militar foi encaminhado ao Tribunal de Justiça Militar, e os processos administrativos disciplinares continuam em andamento.
Revelações
Embora as investigações tenham revelado os nomes dos envolvidos, mandantes e o olheiro do crime seguem foragidos. A investigação da morte revelou uma ampla “teia do crime”.
Em depoimentos, Gritzbach denunciou diversos policiais que teriam ligação com o PCC.
O investigador da Polícia Civil Marcelo Marques de Souza, conhecido como Marcelo “Bombom”, por exemplo, foi condenado a 11 anos e 3 meses em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Bombom, que mantinha contato com Gritzbach, recebia propina de prostíbulos, desmanches e casas de jogo na Zona Leste de São Paulo, no esquema conhecido como “recolhe”.
Ligação de crimes
Laudos periciais indicaram que a munição usada na execução do delator era da Polícia Militar (PM) de São Paulo. Laudos também apontaram o DNA de dois PMs em veículos e roupas relacionados ao assassinato.
As denúncias de Gritzbach também levaram à “Operação Tacitus”, que mirou a desarticulação de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro. O Gaeco denunciou donos de fintechs por lavagem de dinheiro para o PCC. As investigações mostraram que o PCC lavou R$ 6 bilhões usando fintechs.
*Com informações da CNN Brasil