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Oruam se pronuncia sobre megaoperação no Rio: ‘Minha alma sangra’

Cantor se pronunciou sobre megaoperação no Rio, nesta terça-feira (28), que deixou 64 mortos

Oruam se pronuncia sobre Megaoperação no Rio

O rapper Oruam, 25 anos, utilizou as redes sociais, na tarde desta terça-feira (28), para se pronunciar sobre a operação policial no Rio de Janeiro. O cantor chamou a ação de “chacina” e falou sobre um “sistema sujo”.

“Minha alma sangra quando a favela chora porque a favela também tem família, se tirar o fuzil da mão existe o ser humano”, escreveu no Instagram nesta tarde.

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Em seguida, o artista apareceu no X, antigo Twitter, também com comentários sobre a situação. “Maior chacina da história do Rio de Janeiro”, afirmou Oruam.

“O crime é o reflexo da sociedade. O dia que eu ver a favela chorar e não vir aqui falar desse sistema sujo não vou estar sendo eu”, continuou o cantor.

“Minha alma sangra, tira o fuzil, existe o ser humano. Nunca vou achar normal a polícia entrar em uma favela e matar 70 pessoas quando o que sempre faltou foi oportunidades”, pontuou.

“Favela tem família, favela não é parque de diversão da burguesia, favela é campo de concentração?”, finalizou Oruam. “A caneta mata mais do que o fuzil”, afirmou o cantor em seguida.

Megaoperação no Rio

A megaoperação contra traficantes do Comando Vermelho (CV), realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro, resultou na morte de 64 pessoas, sendo quatro policiais. Pelo menos 81 suspeitos foram presos. Durante a ação 32 fuzis foram apreendidos.

Ao todo, 120 linhas de ônibus estão com itinerários alterados e mais de 20 coletivos sequestrados.

A operação, batizada de Operação Contenção, foi conduzida pelas polícias Civil e Militar nas favelas da Penha e do Alemão. O objetivo é impedir a expansão territorial da facção criminosa.

Liberdade de Oruam

A prisão preventiva do cantor Mario Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, foi revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no final de setembro.

O rapper estava preso desde o dia 22 de julho e foi indiciado por sete crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

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Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.