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Morre mineira de 24 anos que compartilhava luta contra câncer raro nas redes sociais

Hadassa Reis, de 24 anos, moradora de Contagem, não resistiu a um osteossarcoma condroblástico grau III, um tumor maligno raro

Hadassa havia descoberto o tumor maligno no último mês de julho

Morreu, nesta sexta-feira (24), Hadassa Reis, de 24 anos, mineira de Contagem, na Grande BH, que descobriu, em julho deste ano, que tinha um câncer raro e agressivo. O diagnóstico foi realizado após a jovem passar a sentir uma dor no quadril, inicialmente confundida com problema no nervo ciático, depois apontada como fratura na bacia após um acidente de moto.

Porém, a pós dez dias de internação, ela recebeu o diagnóstico de osteossarcoma condroblástico grau III, um tumor maligno. A partir daí, Hadassa passou a compartilhar parte da luta contra a doença em seu perfil no Instagram.

O velório de Hadassa começará nesta sexta, às 20h, na Igreja Quadrangular do bairro Morada da Serra, na Avenida Minas Gerais, em Ibirité. O sepultamento será neste sábado (25), às 11h, no Cemitério Central, na Avenida Mauro Nunes, bairro Alvorada, também em Ibirité.

Em entrevista à Itatiaia em agosto, Hadassa relatou o processo da descoberta e os desafios do tratamento. “Eu estava tirando carteira de moto e, ao fazer exames devido à fratura, descobriram o tumor. Fiquei dez dias internada e, desde então, comecei a quimioterapia”, contou Hadassa.

No período de tratamento, Reis enfrentou efeitos colaterais severos, como imunidade baixa, hepatite, apagões, perda de fala, reações alérgicas a medicamentos e depressão.

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Osteossarcoma

Segundo o Ministério da Saúde, o osteossarcoma é um câncer ósseo raro e agressivo, caracterizado como tumor maligno. A doença está comumente associada a dor local e alterações ósseas. Como o tumor tem maior prevalência nas pernas, alterações na forma de andar estão entre as principais queixas.

“Como em todos os tipos de câncer, o melhor prognóstico se dá quando o diagnóstico é feito na fase mais precoce da doença, quando as respostas aos tratamentos são mais promissoras”, destaca o órgão.

Os principais sintomas podem surgir no local do tumor, como dor, inchaço, redução da mobilidade da articulação envolvida e fraturas. Em alguns casos, os sintomas iniciais são confundidos com algum tipo de trauma, o que pode retardar o diagnóstico.

Eles podem aparecer semanas ou meses antes da confirmação da doença, já que são semelhantes a outros problemas de saúde mais comuns.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames de imagem, como raio-x, ressonância magnética (RNM) ou tomografia computadorizada (TC) do osso afetado. O diagnóstico definitivo é confirmado por biópsia, que consiste na remoção de uma amostra de tecido para análise em laboratório.

Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.