Caso Arthur: mãe e padrasto suspeitos de espancar menino até a morte em BH são soltos

Decisão judicial foi tomada a pedido do MPMG e da DPMG após os resultados dos exames de necropsia; vítima é Arthur Pereira Alves, de 9 anos

Caso Arthur: mãe e padrasto suspeitos de espancar menino até a morte em BH são soltos

A Justiça de Minas Gerais revogou a prisão temporária da mãe e do padrasto suspeitos de espancar até a morte um menino de 9 anos em Belo Horizonte. A decisão, assinada nessa quarta-feira (10), foi tomada após pedido do Ministério Público (MPMG) e da Defensoria Pública (DPMG).

A vítima é Arthur Pereira Alves. Ele morreu em agosto deste ano após ser agredido no bairro Flávio Marques Lisboa, na Região do Barreiro da capital mineira.

Após a conclusão do inquérito policial, o MPMG solicitou novas diligências para complementar as provas. Os exames apontaram que Arthur faleceu por uma infecção pulmonar causada por processos internos do corpo, não por trauma externo.

“O Laudo de Necropsia concluiu que a causa da morte foi broncopneumonia, produzida por um instrumento ‘biodinâmico’. Contudo, o laudo não estabeleceu uma ligação causal direta entre as eventuais lesões físicas e o óbito”, afirmou o promotor de Justiça.

Além de diligências extras para complementar a prova técnica pericial, o Ministério Público requereu os prontuários médicos de Arthur nos seis meses anteriores à morte.

O promotor de Justiça expediu um ofício ao Instituto Médico-Legal (IML) para entender se há relação entre as agressões e o quadro de infecção pulmonar que resultou no óbito de Arthur.

A mulher de 24 anos e o companheiro de 39, suspeitos de matar o filho dela, de apenas nove anos, no bairro Flávio Marques Lisboa, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.

A Polícia Civil (PCMG) tem cerca de 20 dias para realizar as novas diligências e concluir a investigação. Enquanto os resultados não saem, os suspeitos do crime precisarão seguir recolhimento domiciliar noturno e serão submetidos a monitoramento eletrônico.

O inquérito policial havia indiciado a mãe pelas agressões e o padrasto por acompanhar a violência e não intervir.

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Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.

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