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Ex-delegado executado em SP: saiba quem são os 4 suspeitos de participação no crime

Dos quatro suspeitos já identificados pela polícia apenas um está preso; Ruy Fontes foi morto na última segunda (15)

Da esquerda para direita: Felipe Avelino da Silva, o “Mascherano”, Flávio Henrique Ferreira de Souza, Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, e Dahesly Oliveira Pires.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo detalhou quem são os suspeitos já identificados que teriam participação na execução do ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, na última segunda-feira (15). As informações foram passadas pelo próprio secretário Guilherme Derrite durante coletiva de imprensa nessa quinta (18).

Os dois primeiros suspeitos identificados foram Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masquerano” no PCC. Eles são investigados pela execução de Ruy Ferraz Fontes.

Um dos suspeitos tem vasto histórico criminal. Ainda de acordo com a polícia, a ação demonstrou conhecimento tático, com armamento pesado e carro de fuga incendiado. Derrite, declarou que “não resta dúvida de que o PCC está envolvido” na morte do ex-delegado-geral.

Logo depois, a polícia identificou Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, que possui passagem criminal por tráfico de drogas. Ela prestou depoimento no DHPP e em seguida teve o pedido de prisão decretado. Foi ela, segundo os agentes, quem transportou um fuzil usado no crime de Praia Grande, no litoral, para Diadema, na Grande São Paulo.

O último suspeito identificado até agora é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, que teve a prisão temporária decretada nesta quinta-feira (18). Seria ele quem mandou e organizou o transporte do fuzil com Dahesly.

Ele também é suspeito de ter dirigido anteriormente o carro que foi utilizado no crime. A Justiça considerou a prisão necessária para evitar fugas e garantir a continuidade das investigações. A medida tem prazo inicial de 30 dias

Traficante ‘Azul’ ou ‘Colorido’

O “Traficante Azul”, solto do presídio de Mossoró (RN), no mês passado, considerado líder do PCC na Baixada Santista, também está sendo monitorado para saber que há algum vínculo com a morte do ex-delegado-geral de SP, afirmou Derrite. “A gente não descarta nenhuma das pessoas faccionadas, principalmente, as que estão circulando pelo litoral.”

Fernando Gonçalves dos Santos, o “Azul” ou “Colorido”, é apontado como um líder da facção e responsável por coordenar o tráfico na Baixada Santista. Ele deixou há cerca de um mês a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Emboscada em Praia Grande

Ruy Fontes foi morto em uma emboscada na última segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL). Por meio de nota enviada à Itatiaia, a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo (SSP), afirma que “as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime”.

Segundo o secretário, os criminosos não conseguiram incendiar um segundo veículo utilizado na ação, e a Polícia Técnico-Científica conseguiu coletar material para identificação dos envolvidos. Os suspeitos foram identificados por meio de impressões digitais. Ruy Fontes foi enterrado na terça-feira (16). Derrite informou que o primeiro suspeito já foi preso ao menos quatro vezes, duas por tráfico de drogas e duas por roubo. Quando adolescente, ele também foi apreendido. A identidade do suspeito não foi revelada.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, determinou a mobilização total da polícia para esclarecer o caso.

Quem era o delegado Ruy Ferraz Fontes?

Em nota, a SSP destacou a atuação do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes à frente das forças de segurança paulistas. “O delegado Ruy dedicou mais de 40 anos à Polícia Civil de São Paulo”, disse. Durante seu tempo na corporação, se destacou como referência no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e atuou na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Atualmente, ele estava aposentado da corporação e atuava como secretário de Administração na cidade de Praia Grande. “Ao longo de sua carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Denarc e DHPP”, detalhou a SSP.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.