Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio das polícias Militar e Civil, realizaram, nesta segunda-feira (8), uma o
Os criminosos agiam sob comando de Leo do Moinho, preso em agosto do ano passado na Operação Salus et Dignitas. Segundo os promotores, o grupo financiava e manipulava movimentos sociais que atuam na favela para dificultar a remoção das famílias.
“As autoridades desferem novo golpe no grupo criminoso, que tentava se reorganizar por meio do tráfico de entorpecentes e que permanecia coagindo moradores e agentes públicos que trabalham na reurbanização da ‘Favela do Moinho’, cuja área será transformada em um parque público, assim como as famílias serão realocadas e devidamente indenizadas pelas suas moradias”, afirmou o Ministério Público de São Paulo.
Cobrança de propina
Conforme revelou o site “Metrópoles” em julho, o PCC estaria cobrando uma “multa” de até R$ 100 mil dos inquilinos que deixaram as casas da Favela do Moinho, permitindo que os imóveis fossem descaracterizados pelo governo do estado.
Segundo o Gaeco, o esquema era comandado por Alessandra Moja, irmã de Leonardo Moja, o Leo do Moinho, ligado ao tráfico na Cracolândia. Ela é um dos três alvos de mandados de prisão, junto a José Carlos Silva, apontado como sucessor de Leonardo, e Jorge de Santana, dono de um bar usado para guardar drogas e armas.
Lavagem de dinheiro
Segundo o Metrópoles, “Tanto os valores arrecadados neste contexto como os recursos derivados das demais atividades ilegais controladas por ‘Léo do Moinho’ são arrecadados por Alessandra com o intuito de branqueamento para Roberto Gonçalves da Cruz e para as empresas Comércio Aparas Papel Liberdade LTDA e Geral Sucatas EIRELI, investigadas no âmbito da Operação ‘Salus et Dignitas’”, diz a representação.
Pressão sobre moradores
O Gaeco aponta ainda que o grupo usava movimentos sociais legítimos para tentar proteger a favela da atuação de autoridades. Fontes da comunidade disseram ao Metrópoles que emissários dos traficantes tiravam fotos das casas descaracterizadas após a saída dos inquilinos da CDHU.
Ainda de acordo com o jornal, moradores chegaram a recusar o auxílio gratuito do governo para a mudança de móveis e preferiram custear o transporte por conta própria. Das 405 famílias que já deixaram o local, 222 recusaram a ajuda da CDHU.
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(Sob supervisão de Marina Dias)