Uma mulher de 32 anos teve partes do corpo arrancadas por uma capivara, na praia de Lagoinha do Leste, em Florianópolis-SC. Fabiana Lenz estava acampando no local e foi mordida enquanto nadava com o companheiro.
“Mergulhei em direção ao fundo, eu estava com água na altura do peito, quando recebi um primeiro golpe na barriga”, contou Fabiana em entrevista à CNN Brasil. A capivara mordeu Fabiana no abdômen, na nádega e no braço. Ela foi resgatada de helicóptero e levada até o Hospital Universitário de Florianópolis.
Após os exames, os médicos apontaram que a mordida no meu abdômen quase atingiu a alça do intestino dela. Fabiana disse à reportagem que passou por suturas e profilaxia antirrábica. Agora, se recupera em casa, mas segue em acompanhamento.
Ainda em entrevista, ela disse que costuma frequentar o local anualmente e que identificou a presença de capivaras há cerca de dois anos.
Fabiana já presenciou um ataque de capivara no mesmo local. Ela, inclusive, teria ajudado um homem, que teve um pedaço da coxa arrancado e foi resgatado de helicóptero.
Em nota, a Fundação Municipal do Meio Ambiente disse que considera o episódio pontual e que não representa o padrão de comportamento das capivaras. Ainda, o órgão aponta que deve-se evitar entrar na água quando houver capivaras ou outros animais silvestres nas proximidades.
Confira a nota na íntegra
“A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), informa que possui registros da presença de capivaras em diferentes regiões da Ilha há vários anos, como parte de um processo natural de recolonização da espécie em áreas com ambientes favoráveis, como rios e lagoas. O episódio registrado recentemente na Lagoinha do Leste é considerado pontual e não representa o padrão de comportamento das capivaras, que são animais silvestres, gregários e de hábito herbívoro. As imagens indicam uma reação defensiva do animal, que foi surpreendido dentro da água, ambiente utilizado como refúgio e área de reprodução, não se caracterizando como ataque intencional ou comportamento predatório.
A Floram, através do Projeto CAPI Floripa, reforça que não há indicativos técnicos de superpopulação de capivaras no município nem previsão de medidas de manejo populacional. A principal forma de prevenção é a convivência responsável, com base na informação e no respeito à fauna silvestre. A orientação é manter distância mínima de 10 metros, não se aproximar, não tocar, não alimentar e evitar entrar na água quando houver capivaras ou outros animais silvestres nas proximidades, além de redobrar a atenção com cães. Em caso de qualquer acidente envolvendo animais silvestres, a recomendação é procurar imediatamente atendimento médico.”
*Com CNN