Considerada o maior felino do continente americano e o terceiro maior felino do mundo, a onça-pintada é comumente encontrada em países das Américas Central e do Sul. No Brasil, o animal é visto em quase todos os biomas, com exceção dos pampas gaúchos - região onde já foi extinta, segundo informações da ONG Onçafari, que trabalha com a preservação da espécie.
O Brasil também é o país com a maior população de onças-pintadas no mundo. Apesar de poder ser encontrada em florestas úmidas da Mata Atlântica e em áreas semiáridas do Cerrado e Caatinga, é na Amazônia e Pantanal onde elas encontram as condições ideais para viver.
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As onças-pintadas são animais grandes e musculosos e pesam, em média, entre 65 e 100 kg. Porém, machos com quase 150 kg já foram registrados no Pantanal, onde os animais da espécie costumam ser maiores devido à maior disponibilidade de presas.
A espécie é carnívora e tem mais de 80 espécies como opções de presa. Elas se alimentam de animais de menor porte, como tatus, peixes, quatis e macacos, apesar de preferirem animais de médio e grande porte, como veados, jacarés, capivaras e até antas.
Em ambientes alterados pelo homem, como em áreas rurais, elas podem acabar atacando animais de criação, como gado e galinhas. As onças-pintadas, no entanto, costumam evitar áreas de atividade humana.
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Na manhã de terça-feira (22),
Durante o resgate do corpo do idoso, o
As investigações consideram algumas hipóteses para o ataque, uma delas é que o animal teria avançado no homem devido a falta de alimento no local, ou ao comportamento defensivo da própria espécie. Além disso, a corporação também trabalha com a ideia de que o animal poderia estar em período reprodutivo, o que deixa machos mais agressivos.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc), não havia registros recentes de ataque na região.
Uma equipe formada por agentes da pasta, do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), da Polícia Militar Ambiental e pelo pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Gediendson Ribeiro de Araújo - especialista em manejo de onças-pintadas -
O grupo pretende levar a onça-pintada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. “O objetivo é identificar animal, confirmar o ataque, e dar devidos encaminhamentos”, informou a pasta em nota.