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Pesquisadores e PMs fazem operação para capturar onça-pintada que matou caseiro no Pantanal

Buscas também incluem agentes da Secretaria de Meio Ambiente; animal será levado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Campo Grande

Caseiro é devorado por onça-pintada em fazenda no Mato Grosso do Sul | CNN Brasil

A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Pantanal sul-mato-grossense, é procurada por uma equipe formada pela Polícia Militar Ambiental (PMA), Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

À Itatiaia, a Semadesc informou que os agentes são acompanhados do pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Gediendson Ribeiro de Araújo, especialista em manejo de onças-pintadas. O grupo faz buscas pela região e pretende capturar o animal e levá-lo ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande.

“Em virtude do avistamento de alguns animais da mesma espécie na região haverá um trabalho minucioso para identificar a onça-pintada que supostamente realizou o ataque. Outra situação que deve dificultar as buscas é o volume de chuvas que aumentou os níveis dos rios. Objetivo é identificar animal, confirmar o ataque, e dar devidos encaminhamentos”, informou a pasta em nota.

Ainda segundo a secretaria, não há registros recentes de ataques na região.

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Caseiro foi morto por onça-pintada

Na manhã de terça-feira (22), policiais militares ambientais encontraram os restos mortais de Jorge Ávalo. Parte deles estavam dentro de uma toca usada pela onça, a cerca de 300 metros do rancho onde o caseiro trabalhava.

Durante o resgate do corpo do idoso, o animal também atacou os policiais que participavam da operação. O corpo foi retirado da mata e levado para o Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. A perícia técnica confirmou que o caseiro havia morrido devido ao ataque da onça.

As investigações consideram algumas hipóteses para o ataque, uma delas é que o animal teria avançado no homem devido a falta de alimento no local, ou ao comportamento defensivo da própria espécie.

Além disso, a corporação também trabalha com a ideia de que o animal poderia estar em período reprodutivo, o que deixa machos mais agressivos.

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.