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Caso Gritzbach: Ministério Público de SP denuncia investigador por cobrar propina de comerciantes

Policial civil está preso suspeito de extorquir Vinícius Gritzbach e é acusado de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Denúncia diz que Marcelo ‘exigiu e recebeu vantagem indevida para deixar de praticar ou retardar atos de ofício’

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou à Justiça o investigador Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia, divulgada nesta segunda-feira (10), pede “pena de privação de liberdade, perda do cargo público e fixação de R$ 724.874,68 como forma de reparação de dano moral coletivo”.

O investigador está preso desde dezembro do ano passado, suspeito de extorquir dinheiro e bens de Vinícius Gritzbach, empresário que delatou policiais civis e membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). A denúncia diz que Marcelo “exigiu e recebeu, diversas vezes, vantagem indevida para deixar de praticar ou retardar atos de ofício”.

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Além disso, segundo o documento do MPSP, Bombom “dissimulou a origem ilícita e a localização de recursos provenientes dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro que mantinha em seu apartamento, cujo valor é incompatível com seus vencimentos”.

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Marcelo Marques já esteve na mira do GAECO e da Polícia Federal

Em dezembro do ano passado, quando foi deflagrada a operação Tacitus pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Polícia Federal, os agentes apreenderam R$ 724.874,68 em espécie na casa do investigador. O dinheiro estava distribuído em diferentes pontos do imóvel, distribuído da seguinte forma:

  • Debaixo da cama, havia uma maleta com cerca de R$ 600 mil e US$ 14.500 em dinheiro;
  • Num pequeno cofre, havia R$ 7.900,00, US$ 942,00 e EUR$ 1.570,00;
  • No forro da cama do quarto de hóspedes, mais R$ 51.290,00.

O GAECO também apreendeu uma planilha impressa, de várias páginas, contendo nomes, apelidos, endereços e valores relativos ao recebimento de vantagens indevidas de estabelecimentos comerciais e de empresários. Os endereços da planilha referem-se a locais onde se explora jogos de azar, prostituição, desmanche e postos de gasolina.

*Sob supervisão de Felippe Drummond


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.