O Governo de Pernambuco investiga duas mortes e outro possível caso por suspeita de
As três vítimas estavam internadas em Caruaru, no Agreste. Dois homens morreram, e outro sobreviveu, mas perdeu a visão. Eles eram moradores das cidades de Lajedo e João Alfredo.
Os casos estão sob investigação da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). Os corpos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) para a realização de exames.
“Os sintomas iniciais de intoxicação podem ser confundidos com os da ingestão de álcool comum — como náuseas, vômitos, dor abdominal e sonolência. Porém, entre 6h e 24h após o consumo, podem surgir sinais mais graves, como visão turva, fotofobia, cegueira, convulsões e até coma”, informou a Apevisa.
Orientações da Apevisa
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária compartilhou uma série de orientações para a população observar sinais que podem indicar adulteração em bebidas alcoólicas. Confira abaixo:
- Verificar se a bebida possui registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), rótulo completo e lacre adequado;
- Comprar apenas em locais confiáveis;
- Redobrar a atenção com drinques prontos;
- Evitar produtos sem procedência ou com preços muito abaixo do mercado.
São Paulo investiga 22 possíveis casos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou em entrevista coletiva nesta terça-feira (30) que estão sob investigação cinco mortes suspeitas por intoxicação de metanol. Uma foi confirmada e quatro ainda estão sendo apuradas. No total, são analisados 22 possíveis casos de contaminação.
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O que é o metanol?
O metanol é uma substância altamente inflamável e de difícil identificação. Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, é um “composto orgânico da família dos álcoois, sendo líquido à temperatura ambiente”.
O cheiro do produto, que também é inflamável e incolor, se assemelha ao de uma bebida alcoólica comum. No Brasil, sua principal função é servir como matéria-prima para a produção de biodiesel.
Embora seja usado em pequenas quantidades na natureza, podendo ser encontrado em frutas, vegetais e até produzido pelo corpo humano em baixíssimas doses, é altamente tóxico em concentrações elevadas.
O composto tem diversas aplicações legítimas na indústria. Ele é usado na fabricação de formaldeído (o famoso formol), ácido acético, tintas, solventes e plásticos, e está presente em produtos como anticongelantes, limpa-vidros e removedores de tinta.