Cego temporariamente após
“Quando a gente comprou, a bebida estava lacrada e, pela marca, não esperávamos o pior”, disse ele em entrevista à CNN. Diego relatou ainda que precisou ficar internado por três dias, depois que exames apontaram a presença de metanol no sangue. Segundo familiares, os amigos compraram as bebidas em uma adega onde já tinham o costume de ir.
Um amigo do estudante, que também ingeriu a bebida, está internado em estado grave há 28 dias. “Ele está respirando por aparelhos, não tem fluxo sanguíneo cerebral. Segundo os médicos, é irreversível”, lamentou a mãe de Rafael.
“Quando pegamos a garrafa, não havia nada de anormal”, acrescentou Diego. De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, pelo menos dez casos estão sendo investigados. Durante a entrevista, o jovem afirmou que outras pessoas também consumiram a bebida e precisaram de internação.
Bebidas falsificadas
Na contaminação por metanol em São Paulo, todos os casos estão ligados ao consumo de bebidas alcoólicas falsificadas, segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad). Para a Associação Brasileira de Combate à Fiscalização (ABCF), a principal
De acordo com a Polícia Civil, que investiga o caso, as vítimas, com idades entre 23 e 27 anos, consumiram uma garrafa de gim no dia 1º de setembro. Até a última atualização, os órgãos de saúde ainda não haviam esclarecido como ocorreram as intoxicações.
O que é o metanol?
O metanol, encontrado na bebida ingerida por Diogo e os amigos, é uma
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), emitiu, no sábado (27), uma recomendação urgente aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado de São Paulo e em regiões próximas.
Riscos à saúde
A ingestão, inalação ou até mesmo o contato prolongado com metanol pode causar náusea, tontura, cegueira e até a morte. Pequenas quantidades já são suficientes para provocar intoxicação grave.
O produto também é inflamável, podendo gerar incêndios e explosões em caso de manuseio inadequado. A presença de metanol em excesso na gasolina ou no etanol adulterado multiplica os perigos: além de enganar o consumidor, pode levar a falhas mecânicas graves e colocar motoristas e passageiros em risco de acidentes.