Após a morte de duas pessoas por intoxicação causada por
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo (28), Diogo disse que abriu os olhos e tudo estava escuro. “Acordei, abri o olho e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”, afirmou ele, ao ficar cego temporariamente.
Diogo contou, na entrevista, que precisou ficar internado três dias após exames apontarem a presença de metanol em seu sangue. De acordo com familiares, os amigos compraram as bebidas em uma adega onde já tinham costume de frequentar. Segundo o estudante, um amigo que também ingeriu a bebida está internado em estado grave há 28 dias. “Ele está respirando pelo ventilador, não tem fluxo sanguíneo cerebral. Segundo a medicina, é irreversível”, lamentou a mãe de Rafael.
A Associação Brasileira de Combate à Fiscalização (ABCF) se posicionou sobre o caso e suspeita que o
“Ao ficarem com tanques repletos de metanol lacrados e com distribuidoras e formuladoras proibidas de operar, a facção e seus parceiros podem, eventualmente, ter revendido esse metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, obtendo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores”, diz um trecho da nota.
Até a última atualização desta reportagem, a Secretaria de Saúde de São Paulo ainda não havia esclarecido como ocorreram as intoxicações.
O que é o metanol?
O metanol, encontrado na bebida ingerida por Diogo e os amigos, é
O produto é líquido, inflamável e incolor. O cheiro se assemelha ao de uma bebida alcoólica comum. No Brasil, sua principal função é servir como matéria-prima para a produção de biodiesel.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), emitiu, no sábado (27), uma recomendação urgente aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado de São Paulo e em regiões próximas.