O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil cumprem, nesta terça-feira (4), mandados de busca e apreensão contra Alberto Pereira Matheus Júnior, delegado classe especial - mais alto nível hierárquico da Polícia Civil. A ação é um desdobramento da investigação que apura esquemas de corrupção citados pelo delator do PCC Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, executado em novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
Alberto ocupou postos de destaque no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e no Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes). O nome dele apareceu durante análise do celular do investigador Eduardo Lopes Monteiro, um dos quatro policiais civis presos pela Polícia Federal por suspeita de extorquir Gritzbach.
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Os pagamentos foram feitos, via pix, nas contas da mulher e do filho do delegado. Tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público suspeitam que Eduardo Monteiro fazia pagamentos periódicos a Alberto Pereira Matheus Jr, como uma espécie de “pedágio”.
O dinheiro usado para pagar o delegado era decorrente de arrecadação de valores obtidos por atos de corrupção policial. Os investigadores não conseguiram recolher o celular do delegado, pois Alberto informou que perdeu o telefone nesta segunda-feira (3), véspera da operação desta terça (4).