A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo indiciou 17 policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato de Antonio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Os 17 PMs, que já estavam presos, foram ouvidos em interrogatórios que duraram quase uma tarde inteira. Entre os indiciados estão 13 policiais que faziam a escolta de Gritzbach e um tenente responsável pela escala de trabalho deles.
Acusações e investigações em andamento
Os suspeitos foram indiciados por associação criminosa. Além disso, três policiais militares suspeitos de participação direta no assassinato responderão por se reunirem em grupo para praticar atos de violência, crime previsto no Código Penal Militar.
A Corregedoria deve concluir o inquérito nos próximos dias e encaminhar o relatório final à Justiça Militar. As provas obtidas serão compartilhadas com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga a execução do delator do PCC.
Prisões relacionadas ao caso
Até o momento, 27 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na morte de Gritzbach. Além dos 17 policiais militares, foram detidos cinco policiais civis, um advogado, dois empresários e duas pessoas ligadas ao ‘olheiro’ que alertou os assassinos sobre o desembarque do delator.
O caso chocou a opinião pública e levantou questões sobre a segurança em áreas de grande circulação, como aeroportos, bem como sobre a infiltração de organizações criminosas nas forças de segurança do estado.