As empresas de dois influenciadores intitulados como “Rei e Rainha da Creatina” são alvos de uma investigação da Polícia de São Paulo por suspeita de adulteração dos produtos. No início do mês, 30 toneladas de
Na época, um centro de distribuição de produtos e uma unidade de manipulação e envasamento de creatina no estado de SP foram fechadas, por falta de licenças adequadas para funcionamento, segundo o jornal Folha de São Paulo.
Um dos endereços era localizado na zona leste de São Paulo, enquanto o outro era em Jundiaí, no interior do estado. O primeiro era um galpão de depósito de imóveis, mas era usado para estocar alimentos. Já o segundo não tinha licença sanitária para fabricar os suplementos. Esse último endereço não constava nos rótulos da marca, informação que é obrigatória.
Em nota, a Soldiers criticou a investigação, que ocorreu “sem uma justificativa plausível”. Segundo a empresa, os locais eram de prestadores de serviço e o grupo é comprometido com a qualidade que vai além do exigido por lei.
Yuri Silveira de Abreu e Fabiula de Arruda Freire são os donos da Soldiers. Juntos, eles acumulam mais de 120 mil seguidores no Instagram, e se denominam rei e rainha da Creatina. A empresa é investigada por falsidade ideológica e crime contra as relações de consumo.
Apesar de tudo, a creatina produzida por eles está entre os
Venda de produtos vencidos
A operação que investiga a Soldiers começou em uma outra ação contra venda de produtos com prazo de validade vencido. Em setembro, policiais foram até um estande da marca em um shopping de São Paulo e encontraram inconsistência nos dados e recibos dos produtos.
Em outubro, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo, onde foram apreendidos documentos, celulares e um notebook. Nos telefones, foram encontradas conversas que falavam sobre reclamações de clientes. Segundo eles, os produtos tinham larvas, fios de cabelo, pedaços de luvas e até mesmo bexigas plásticas.
Nesses materiais foram encontrados outros endereços da Soldiers, que não eram declarados oficialmente. Isso configuraria uma rede clandestina de prestadores de serviço.
A empresa nega as irregularidades. O caso segue em investigação.