A Prefeitura de Porto Alegre estuda construir “cidades provisórias” para abrigar as vítimas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Entre os possíveis locais onde elas serão construídas está o Porto Seco e o Estádio Olímpico Monumental, antiga sede do Grêmio. No momento, a cidade tem 14 mil pessoas distribuídas em quase 150 abrigos. As informações são do jornal Zero Hora
Segundo o município, a direção do time já foi consultada e o governo estadual informado do plano. Caso aprovado, o local será usado para dormitório e serão instaladas uma cozinha comunitária, brinquedoteca, lavanderia coletiva e espaço para pets. O Conselho Deliberativo do Grêmio vai discutir a proposta nesta segunda-feira (20). O clube pode aceitar a ideia, desde que ela não infrinja o contrato com a Karagounis e OAS 26.
Depois de ficar 11 anos abandonado, a antiga casa do tricolor abriu suas portas durante a maior enchente da história da capital gaúcha. O “Velho Casarão”, como é conhecido, se transformou n maior ponto de coleta de doações em Porto Alegre. As demais instalações do Grêmio foram inundadas no desastre, incluindo o atual estádio do clube, a Arena Grêmio, e o Centro de Treinamento Presidente Luiz Carvalho, local onde o time profissional treina.
Como abrigos vão funcionar?
Apesar de colocar o Estádio Olímpico Monumental como um possível local para receber uma das “cidades provisórias”, a prefeitura planeja que a maior parte dos desabrigados vá para o espaço que será montado no Complexo Cultural Porto Seco, na região Norte de Porto Alegre.
O local é usado como um centro de eventos e abriga barracões de escolas de samba da capital gaúcha. O Porto Seco é uma das áreas públicas que não foram atingidas pelos alagamentos. Por isso, a gestão municipal considera o complexo como o lugar ideal para abrigar, com conforto, uma grande quantidade de pessoas.
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A gestão municipal afirma que a construção do espaço é necessário pois, com o tempo, a mobilização dos voluntários na cidade vai diminuir. Com o passar dos dias, os imóveis que estão sendo usados como abrigo também vão precisar ser liberados. A ideia é que as pessoas fiquem na “cidade provisória” enquanto os seus bairros são reconstruídos.
Enchentes no RS
Segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, desde o fim de abril, já afetaram quase 2,3 milhões de pessoas em 463 municípios, o equivalente a mais de 90% do estado gaúcho. De acordo com os dados mais atualizados, são 157 mortos, 88 desaparecidos, 806 feridos, mais de 76 mil em abrigos e mais de 580 mil desalojados (em casa de parentes e amigos).
Como ajudar?
Segundo as autoridades, desabrigados e desalojados que foram acolhidos pela Defesa Civil precisam não só de alimentos, como também de colchões, roupas de cama e banho e também cobertores. Quem mora na região de Porto Alegre pode contribuir presencialmente no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual (avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, Porto Alegre).
Além de receber doações de vários itens, as autoridades permitem a doação de qualquer tipo de valor em dinheiro. Para permitir a colaboração de pessoas de outras cidades e estados, o Governo do Estado criou uma chave Pix para receber doações. Quem quiser contribuir, pode fazer um Pix para o CNPJ 92958800000138