O barco que foi encontrado à deriva no Pará com nove corpos será periciado nesta semana, informou a Marinha do Brasil nessa quarta-feira (17). A embarcação já se encontra na Base Naval de Val de Cães, em Belém, e será analisado por técnicos da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental.
Os nove corpos encontrados já estão sendo periciados no local. Agora, analisando a
embarcação, o objetivo é buscar indícios que esclareçam a origem do barco e o que causou o acidente.
A embarcação tinha 13 metros de comprimento e estava sem motor ou qualquer sistema de propulsão. Ainda não se sabe se ela chegou ao país já sem o equipamento ou se foi furtado por pescadores.
O barco teria
saído da Mauritânia, na África, em janeiro. A suspeita é de que 25 pessoas estavam a bordo, mas só nove chegaram ao Brasil. As investigações seguem em andamento.
Relembre
Vários
corpos em decomposição foram encontrados em um barco à deriva no litoral paraense na manhã de sábado (13). A embarcação estava próximo à Ilha de Canelas, na cidade de Bragança, região Nordeste do estado e com acesso ao Oceano Atlântico, e foi localizada por pescadores.
As
vítimas, que não tiveram identidades divulgadas, teriam morrido de
fome e desidratação, segundo a PF. O
barco foi rebocado nessa segunda-feira (15) e levado até a comunidade do Castelo, na zona rural de Bragança. De lá, ele será levado para análise do Instituto Médico Legal (IML) em Bragança.
Conforme informou a Marinha do Brasil, o
barco foi fabricado com fibra de vidro, com cerca de 13 metros de comprimento. Ele foi encontrado sem motores ou quaisquer sistemas de propulsão e direção. A embarcação não apresentava sinais de danos estruturais, demonstrando que
não passou por naufrágio.
O
Ministério Público Federal (MPF) abriu dois inquéritos para investigar o caso: um na área criminal, para apurar possíveis crimes cometidos e responsabilizar os autores; e um na área cível, focado na proteção de direitos e em questões de interesse público. A PF também segue investigando.
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