Preço da gasolina cai apenas R$ 0,04 após corte da Petrobras, aponta estudo

Mesmo com a redução da petrolífera, custos de logística e distribuição ainda influenciam no valor do combustível ao consumidor

A redução anunciada pela Petrobras no preço da gasolina, no fim de outubro, chegou ao consumidor de forma limitada. Segundo o levantamento da Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o preço médio nacional da gasolina comum caiu apenas R$ 0,04 entre a segunda semana de outubro e a segunda semana de novembro, passando de R$ 6,31 para R$ 6,27 por litro. Nas capitais do país, o preço médio de R$ 6,35 foi reduzido para R$ 6,31.

O recuo é bem menor que o corte de R$ 0,14 por litro anunciado pela Petrobras para as distribuidoras a partir de 21 de outubro. A diferença evidencia que apenas parte do reajuste chega ao motorista, reflexo da complexidade da cadeia de distribuição, onde margens, logística e competitividade local influenciam o repasse dos preços.

No recorte regional, a maioria dos estados registrou queda no preço médio da gasolina. O Rio Grande do Norte apresentou a maior redução, com recuo de R$ 0,22 por litro. Na Bahia, a queda foi de R$ 0,12, enquanto Distrito Federal e Acre registraram diminuições de R$ 0,09. Já estados de grande consumo, como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, praticamente não tiveram variações perceptíveis, mantendo o preço estável.

Em sentido oposto, alguns estados apresentaram alta no período. O Amapá liderou o movimento, com aumento de R$ 0,11 por litro, seguido por Pará (+R$ 0,04) e Piauí (+R$ 0,02). As divergências reforçam como fatores regionais — logísticos, tributários e concorrenciais — influenciam diretamente a formação do preço final.

Etanol e diesel

O levantamento também avaliou o comportamento de outros combustíveis. O etanol registrou queda discreta de R$ 0,01 na média nacional. O movimento, porém, variou bastante entre os estados: no Rio de Janeiro, houve aumento de R$ 0,03, enquanto no Rio Grande do Norte o valor médio despencou R$ 0,46.

O diesel S-10, por sua vez, manteve estabilidade no período analisado. A maior alta foi registrada em Pernambuco, com acréscimo de R$ 0,08, enquanto o Amapá apresentou a maior queda, de R$ 0,19 por litro.

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Guilherme Silva gosta do meio automotivo desde que se conhece por gente, mas começou a trabalhar no setor por acaso. São mais de 15 anos de experiência na área, com passagens por iCarros, Carsale, Webmotors, KBB e Mobiauto, além de ter colaborado com as tradicionais revistas Autoesporte, Motor Show e Quatro Rodas, produzindo matérias de diferentes temas e cobrindo eventos e salões no Brasil e no exterior.

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