A BYD estuda a implantação de uma megafábrica de ônibus elétricos no Brasil, em resposta ao forte crescimento da demanda por veículos de transporte coletivo de zero emissão no país. A iniciativa faz parte da estratégia da fabricante chinesa de ampliar a sua presença industrial na América Latina e consolidar o Brasil como um polo regional de produção de veículos comerciais elétricos.
Atualmente, a BYD já produz chassis de ônibus elétricos em sua unidade de Campinas-SP, em operação desde 2015. No entanto, a capacidade instalada é considerada limitada diante do avanço das encomendas, especialmente de grandes cidades que aceleram a transição para frotas menos poluentes. Mesmo com a ampliação da produção prevista para os próximos anos, a fábrica atual não seria suficiente para atender à carteira de pedidos.
Diante desse cenário, a empresa planeja construir uma nova fábrica de grande porte, com capacidade estimada para fabricar entre 6 mil e 7 mil chassis por ano, volume muito superior ao atual. A expectativa é que a nova unidade seja instalada no estado de São Paulo e entre em operação dentro de um prazo de dois a três anos, dependendo do andamento dos investimentos e das autorizações necessárias.
O movimento acompanha a rápida expansão dos ônibus elétricos no transporte público brasileiro. Capitais como São Paulo vêm adotando esses veículos em larga escala, impulsionadas por metas ambientais e políticas públicas voltadas à redução de emissões. A BYD já figura entre os principais fornecedores desse tipo de solução no país, com centenas de veículos entregues ou em operação.
Além de ampliar a produção, a megafábrica deve gerar empregos diretos e indiretos e fortalecer a cadeia nacional de mobilidade elétrica, incluindo fornecedores de componentes e serviços especializados. Com o projeto, a BYD pretende posicionar o Brasil como um polo de exportação de veículos pesados elétricos na América do Sul.
A empresa já tem cerca de 1.200 encomendas de ônibus elétricos para 2026 – o dobro do volume produzido no país nos últimos dez anos – afirmou Marcelo Schneider, diretor de veículos comerciais da BYD Brasil, ao site