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Preço da carne bovina pode subir até 5% nas próximas semanas; entenda

Confraternizações e a proximidades das festas de fim de ano são alguns dos fatores

Somada a demanda interna, a externa também impacta o preço

O consumidor brasileiro deve se preparar para um aumento no preço da carne bovina nas próximas semanas, que pode chegar a 5%. A estimativa é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

De acordo com o levantamento, a dinâmica do mercado é impulsionada pela proximidade das festas de fim de ano. “A dinâmica de confraternizações e festividades fazem com que o consumidor brasileiro dispenda mais com carnes e busque cortes, obviamente, para comemoração. Sempre destacando, há uma sobra financeira em termos de orçamento do 13º, premiações de final de ano, que estimulam o consumidor a buscar mais carnes”, disse o pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino.

Somada a demanda interna, a externa também impacta o preço. “A injeção de recursos como o 13º salário e a tradição de confraternizações anuais elevam o poder de compra e o consumo de cortes nobres, pressionando a cotação interna. Simultaneamente, a forte demanda internacional mantém o ritmo das exportações (recordes), limitando a oferta de carne no mercado doméstico e garantindo a valorização do boi”, explicou à Itatiaia.

Dicas para economizar: pesquisar e substituir

Com a carne ainda mais valorizada, a solução para garantir a mesa farta nas celebrações de fim de ano passa pela pesquisa. O professor de economia da UFMG, Paulo Casaca, reforçou a importância da inteligência de consumo.

“A minha dica é sempre pesquisar muito. Porque o preço varia muito de estabelecimento para estabelecimento. Quem vende um produto mais barato, é bom que sempre se preocupe com a qualidade do produto. Caso a pesquisa de preços não traga alívio suficiente ao orçamento, a substituição se torna a alternativa mais viável”, afirmou à reportagem.

A esteticista Cláudia Gonçalves Teixeira já planeja a mudança de cardápio: “O jeito é substituir. Carne de porco, frango. E deixa a carne de boi para o ano que vem, quem sabe as coisas melhoram e o preço abaixa”.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde