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Jornalismo e Agro: Mari Palma debate sobre narrativas que aproximam o público no SEJA

Apresentadora da CNN foi uma das palestrantes do evento gratuito da Faemg

Mari Palma no evento SEJA, realizado pela FAEMG

Com uma trajetória de quase duas décadas no jornalismo, a apresentadora da CNN, Mari Palma, foi uma das palestrantes do Seminário de Comunicação e Jornalismo do Agro (SEJA), realizado pelo Sistema Faemg Senar.

A jornalista trouxe sua experiência no universo digital para debater o novo cenário da profissão, focando na importância da internet como ferramenta de conexão e debate.

Com o tema “Likes que contam histórias: como criar narrativas que aproximam o público do agro”, Mari Palma enfatizou a necessidade de o jornalismo adotar uma postura aberta e proativa em relação às plataformas digitais.

“Eu tenho uma experiência bem grande no universo digital, foi onde eu comecei quando a internet ainda era o cantinho da redação assim. Então eu passei por muitas fases ao longo do crescimento da internet dentro do jornalismo e aprendi muito com tudo isso”, compartilhou a apresentadora.

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Desmistificando a internet

Um dos pontos centrais da palestra foi o combate à resistência e ao preconceito de parte dos profissionais da comunicação em relação ao ambiente online. A jornalista criticou a visão limitada de que a internet se resume a entretenimento superficial ou um espaço menor para discussões relevantes.

“Geralmente quando eu participo de eventos assim, eu falo bastante sobre esse olhar, não resistente e não preconceituoso para internet, que eu sei que ainda tem muita gente na área da comunicação que é resistente à internet, que acha que a internet é só dancinha ou acha que a internet é um espaço menor de discussão”, afirmou.

Segundo Mari Palma, a internet é, atualmente, o principal palco para o diálogo, especialmente entre as novas gerações, e pode abrigar conversas “muito saudáveis e produtivas”, desde que conduzidas com responsabilidade.

Jornalismo e Agro

A principal recomendação da jornalista para os profissionais do agro e da comunicação é a adoção de um olhar menos limitante e mais aberto a novas ferramentas e recursos. Para ela, a comunicação eficaz exige uma via de mão dupla.

“A dica que eu daria é justamente isso, ter um olhar menos resistente a novas ferramentas, a novos recursos que a gente tem para se comunicar com os outros e como, eu sempre falo que comunicar é também ouvir, né? Então, ouvir o que essa geração quer saber, é respeitar o que essa geração tá pensando para então a gente conseguir conversar com ela?”, destacou à reportagem da Itatiaia.

A chave, de acordo com Mari Palma, é buscar um exercício de comunicação mais empática, garantindo que as narrativas fluam de maneira mais saudável e que o público se identifique com o conteúdo, aproximando-o, inclusive, de um setor tão vital quanto o agronegócio.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde
Fabiano Frade é jornalista na Itatiaia e integra a equipe de Agro. Na emissora cobre também as pautas de cidades, economia, comportamento, mobilidade urbana, dentre outros temas. Já passou por várias rádios, TV’s, além de agências de notícias e produtoras de conteúdo.