Os olivais de todo o mundo correm riscos de algumas doenças e uma delas - a que mais tem dado trabalho aos produtores - é a bactéria Xylella fastidiosa.
A doença foi detectada em algumas regiões do Brasil, incluindo a Serra da Mantiqueira e impõe desafios aos pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
Oliveiras secas contaminadas pela Xylella, em Maria da Fé
A bactéria é transmitida por um vetor, as
O grande desafio é prevenir e conter o avanço da Xylella, que ainda é pauta nos estudos da Epamig. “Das doenças da oliveira é a que mais causa problema, mais até do que a antracnose, que historicamente sempre foi um grande problema. Não é fácil de controlar, demandam muitas pesquisas ainda em cima disso para saber como é que faz o controle e evitar chegar no campo”, afirma Gabriel Koch, pesquisador da área de fitopatologia da Epamig em Maria da Fé.
Em várias fazendas no Sul de Minas, muitos produtores optam pela agricultura orgânica ou biodinâmica, que não utiliza adubos químicos, herbicidas, sementes transgênicas, antibióticos ou hormônios.
No entanto, à princípio, Koch explica que para combater e evitar a Xylella o controle químico do vetor pode ser preciso, mas que há necessidade de mais estudos.
Pesquisadores Pedro Moura e Gabriel Koch, da Epamig em Maria da Fé
“O controle químico por vezes é um mal necessário porque ele controla a cigarrinha - não é um fungicida, é um inseticida. A gente controla como se fosse a dengue que tem que combater o inseto vetor para evitar doença, da mesma forma na Xylella. Mas com certeza, mais estudos são necessários para o controle do vetor, permeando pelos diferentes métodos de controle”, explica o pesquisador.
“O outro problema, que é o grande estudo, que é o principal, é a propagação vegetal. Uma muda contaminada, por exemplo, pode levar a xylella. Então por isso que até na na implementação de uma fazenda nova é extremamente necessário que o produtor compre mudas de de boa procedência”, afirma o Koch sobre os desafios dos estudos.
*Repórter viajou ao Sul de Minas a convite do Sebrae Minas